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    Acusada de aplicar golpe de R$ 725 milhões na própria mãe ganha liberdade no RJ

    Segundo as investigações, Sabine Boghici arquitetou o plano que envolveu pagamentos bancários, roubos de joias e de obras de arte

    Rachel AmorimGuilherme Gamada CNN , Rio de Janeiro e São Paulo

    A 23ª Vara Criminal do Rio de Janeiro concedeu na terça-feira (14) liberdade provisória para Sabine Boghici, acusada de aplicar um golpe milionário contra a própria mãe, uma idosa de 82 anos.

    A liberdade à acusada inclui a motivação de que, a princípio, “ela não é considerada pessoa de alto grau de periculosidade”.

    Sabine vai ter que cumprir medidas cautelares, como comparecer mensalmente em juízo. Ela está proibida de ausentar-se da Comarca por mais de 10 dias, sem prévia autorização judicial e de manter contato por qualquer meio (inclusive via redes sociais, aplicativos ou telefone) com a mãe e demais testemunhas arroladas pelo Ministério Público. As medidas incluem manter distância de 500 metros da mãe, e entrega do passaporte, no prazo de 48 horas.

    Segundo as investigações, o plano arquitetado por Sabine Boghici contra a própria mãe, Geneviève Boghici, teve início em 2020. A idosa foi abordada por uma suposta vidente na saída de uma agência bancária em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A mulher que teria se passado por vidente disse que a filha da idosa, a Sabine Boghici, estava doente e iria morrer em breve.

    Como Sabine enfrentaria problemas psicológicos desde a adolescência, a idosa se convenceu a realizar os pagamentos solicitados para o suposto tratamento espiritual da filha.

    No dia 10 de agosto de 2022, o golpe veio à tona. Sabine Bochici e outras três pessoas de uma mesma família foram presas, todas suspeitas do crime.

    Segundo a polícia, o golpe de R$ 725 milhões leva em conta obras de arte avaliadas em R$ 710 milhões, joias de R$ 6 milhões e R$ 9 milhões em pagamentos bancários.

    Veja algumas das obras de arte de golpe milionário no Rio de Janeiro

    Ao todo, as investigações apontaram que 16 quadros foram roubados pelo grupo, incluindo obras de Tarsila do Amaral e de Di Cavalcanti. Alguns quadros foram recuperados. O famoso quadro “Sol Poente”, de Tarsila do Amaral, estava escondido debaixo da cama de um dos suspeitos.

    A mulher que teria se passado por vidente teve a prisão mantida pela Justiça. Segundo a decisão, Rosa Stanesco Nicolau possui outras anotações criminais e segue sob custódia.

    A mãe de Sabine Boghici é viúva do colecionador de arte e marchand Jean Boghici.

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