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    Acidentes em rodovias custaram cerca de R$ 13 bilhões ao país em 2022, diz CNT

    Valor representa praticamente o dobro do investimento público aplicado na malha rodoviária federal durante todo o ano passado

    Daniel Rittnerda CNN , Brasília

    Os acidentes ocorridos em rodovias federais custaram R$ 12,9 bilhões ao país em 2022, segundo cálculos da Confederação Nacional do Transporte (CNT) obtidos pela CNN.

    O valor representa praticamente o dobro do investimento público aplicado na malha rodoviária federal durante todo o ano passado e representa um aumento de quase R$ 800 milhões na comparação com 2021. Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina são os três Estados onde os acidentes tiveram maior custo total.

    Em parte, a violência no trânsito nas estradas brasileiras está relacionada ao mau estado de conservação da infraestrutura rodoviária. Dos 110 quilômetros avaliados pela pesquisa CNT de rodovias no ano passado, 66% foram classificados como em estado regular, ruim ou péssimo.

    O total de registros de acidentes nas rodovias federais em 2022 foi de 64.447, sendo que 52.948 deles acabaram com vítimas (mortos ou feridos). Nenhum outro período teve tantos sinistros como o Carnaval. Depois, no ranking de acidentes, vieram os feriados da Proclamação da República e de Corpus Christi.

    A rodovia com o maior número de registros foi a BR-101, que corta o país do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, contabilizando 9.079 acidentes com vítimas. Já em relação ao número de mortes, a BR-116 — que também atravessa o Brasil de norte a sul — é a rodovia em que mais se morre: foram 640 vidas perdidas em 2022.

    Total de registros de acidentes nas rodovias federais em 2022 foi de 64.447 / Reprodução/CNT

    Outra forma de analisar os dados é levando em conta as rodovias federais com mais acidentes fatais por cada trecho de dez quilômetros. Nesse caso, o panorama muda.

    Por esse critério, a “estrada da morte” é a BR-467 (PR), que teve 81,3 acidentes com vítimas por cada dez quilômetros em 2022. Em segundo e terceiro lugares, no ranking de periculosidade, estão as BR-448 (SC) e BR-465 (RJ), com 50,0 e 47,4 acidentes fatais, respectivamente.

    O cálculo dos custos com acidentes é realizado pela CNT levando em conta despesas diretas e indiretas, como gastos associados a atendimento hospitalar, previdenciário e perda de produção. Os parâmetros elaborados pela CNT têm como base dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e incluem também danos materiais, sinistros de cargas, processos judiciais, deslocamentos e mobilização policial, além de impactos ambientais.

    Total de acidentes com vítimas por estado em 2022 / Reprodução CNT

    Metade das ocorrências são em pistas simples, associadas ao intervalo de tempo de pleno dia — ou seja, entre o amanhecer e o anoitecer. As reações tardias, ineficientes ou a ausência delas por parte do condutor são indicados como os fatores predominantes na causa de acidentes com vítimas. Juntos, representam 25% desses eventos.

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