Acidente em estaleiro deixa dois mortos no Rio de Janeiro
O Corpo de Bombeiros foi acionado às 11h38, mas não conseguiu salvar um homem de 65 anos e outro de 45 anos
Um acidente em um estaleiro de reparos navais deixou dois funcionários mortos na manhã desta segunda-feira (26) no litoral da cidade de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. As vítimas são dois trabalhadores do grupo industrial Renave.
O Corpo de Bombeiros foi acionado às 11h38, mas não conseguiu resgatar dois homens que acabaram não sobrevivendo. Um deles tinha 68 anos e outro 45. Os corpos foram retirados do mar.
Uma das vítimas foi José Henrique da Silva. Em entrevista à CNN, o filho dele, José Henrique, disse que ele morreu tentando salvar outra vítima depois de já ter conseguido tirar um homem do mar.
“Meu pai é um herói, não só na minha visão, mas na visão de todos que estão ali dentro da empresa que observaram a situação”, disse. “Eu perdi a chance de poder falar com meu pai. De chegar em casa e poder dar um abraço no meu pai. Quase 26 anos de empresa, meu pai era o famoso faz tudo, corria para ajudar todos”, completou.
O estaleiro fica na Ilha da Conceição, próximo à ponte Rio-Niterói e é o maior estaleiro de reparos navais da América Latina. O acidente aconteceu em um dos quatro diques flutuantes usados para manutenção de embarcações. Uma perícia será realizada no local para determinar as causas do acidente.
À CNN, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, Edson Rocha, disse que conversou com funcionários da empresa. Segundo Rocha, o acidente foi em uma estrutura que seria submergida para reparar navios. “É uma caixa que entraria para a manutenção do dique. A empresa colocou um nome de ‘dique de inspeção’ nessa caixa que afundou”, disse.
O sindicato questiona os testes feitos com a estrutura antes de ela ser colocada na água.
Segundo o sindicato, trabalhadores e familiares de vítimas que visitaram a empresa, um terceiro trabalhador que estava no local conseguiu escapar com vida e foi levado para um hospital.
A Marinha informou à CNN que foi acionada para ajudar na ocorrência, mas que aguarda mais informações para se manifestar sobre isso. A reportagem entrou em contato com a empresa Renave/Enavi mas ainda não teve retorno.
