A vida de quem cuida: a pandemia e a mortalidade dos profissionais da saúde
Parte essencial do combate à pandemia, os profissionais da saúde adoeceram e morreram mais no último ano. Isso é o que indica um levantamento da ARPEN (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais). De acordo com a associação, de março do ano passado até fevereiro deste ano, morreram 25,9% mais profissionais da saúde do que durante todo o ano de 2019. As causas da morte têm relação direta com a pandemia: a maior parte delas foi por complicações da Covid-19 ou por doenças relacionadas ao estresse como AVCs. Outras pesquisas dão conta das causas exatas desse estresse: em um levantamento da Fundação Getúlio Vargas, muitos profissionais como médicos, enfermeiros e agentes de saúde relataram não ter tido acesso a equipamentos de proteção individual e relataram rotinas de trabalho exaustivas.
Neste episódio do E Tem Mais, Roberta Russo conversa com Gabriela Lotta, uma das coordenadoras da pesquisa “A pandemia de Covid-19 e os(as) profissionais de saúde pública no Brasil”. Lotta relata como a falta de EPIs, a queda nas testagens e a sobrecarga de trabalho está afetando o bem-estar e colocando em risco a vida dos profissionais da saúde durante a fase mais aguda da pandemia. Também participa do episódio a enfermeira Mônica Calazans, primeira vacinada contra a Covid-19 no Brasil. Calazans conta os impactos do trabalho sobre sua saúde física e emocional no último ano e fala sobre a morte de colegas de profissão. De acordo com o levantamento da ARPEN, o aumento da mortalidade entre profissionais da saúde que se deu durante a pandemia foi ainda mais acentuado para os enfermeiros.
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