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    “A PM deve satisfações e estou aguardando”, diz Fux após operação policial no RJ

    Última operação policial no Rio que deixou pelo menos 23 mortos na Vila Cruzeiro, na Zona Norte.

    Gabriela CoelhoGabriel Hirabahasida CNN , Brasília

    No início da sessão desta quinta-feira (26) do Supremo Tribunal Federal, o presidente da Corte, ministro Luiz Fux, afirmou que a Polícia Militar deve satisfações e que está  aguardando.

    O ministro se referia à última operação policial no Rio que deixou pelo menos 23 mortos na Vila Cruzeiro, na Zona Norte.

    “Ontem tive a oportunidade de conversar com o ministro Fachin Ele inclusive não teve oportunidade de participar do evento [sobre os 15 anos da repercussão geral] porque estava se reunindo com autoridades (…) Eu, tendo em vista a posição em que se encontra o Supremo Tribunal Federal, achei por bem não polemizar com a Polícia Militar. A Polícia Militar deve satisfações. Estou aguardando essas satisfações”, disse.

    O ministro Gilmar Mendes disse que a violência policial é lamentável, com um quadro extremamente preocupante.

    “E com palavras de autoridades locais atribuindo ao STF a responsabilidade por essa tragédia que nós sabemos que é um problema estrutural. Todos nós fazemos votos que esse quadro seja superado, mas sabemos também que se o estado do RJ hoje goza de alguma saúde financeira, isso se deve à parceria com esse tribunal. Do contrário, certamente teria colapsado em termos financeiros. É preciso que as coisas sejam ditas com muita clareza e sejam vistas com perspectiva isenta. Em um momento tenso que vivemos, devemos contribuir para a superação das crises e não apontar culpados e bodes expiatórios”, disse.

    O ministro Edson Fachin subscreveu a fala de Gilmar e concordou com a afirmação.

    “Muita preocupação que se tem. O STF está entre as instituições que procuram soluções e não apenas imputar responsabilidades”, afirmou.

    Segundo a Polícia Militar (PM), o Batalhão de Operações Especiais (BOPE), a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) fizeram uma ação conjunta na favela.

    O objetivo era prender lideranças criminosas escondidas na comunidade, inclusive pessoas que vieram de outros estados, como Amazonas, Alagoas e Pará.O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e o Ministério Público Federal (MPF) instauraram Procedimento Investigatório Criminal para apurar as mortes.

    O comando do Bope deve enviar explicações sobre a operação no prazo de dez dias.

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