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    À CNN, Tarcísio classifica greve em SP como “indisciplina e insubordinação”

    "Esta é uma greve sem pauta e o único prejudicado nisso tudo é o povo", afirmou o governador de São Paulo

    Stêvão Limanada CNN

    Em São Paulo

    Em entrevista à âncora da CNN Raquel Landim, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a criticar a greve dos metroviários e ferroviários realizada na capital paulista nesta terça-feira (28).

    Perguntado sobre o intuito da greve, Tarcísio voltou a afirmar que o objetivo principal é “desgastar o governo”.

    “Nós estamos vendo a greve de um sindicato, não da classe dos metroviários. Aqueles que gostam do trabalho, que possuem amor por transportar os passageiros todos os dias, não estão representados pela paralisação de hoje. Esta é uma greve sem pauta e o único prejudicado nisso tudo é o povo. Estamos assistindo a indisciplina e a insubordinação”, disse Tarcísio.

    O governador também minimizou os ataques de que a convocação nominal aos funcionários represente assédio moral, conforme dito pelos grevistas.

    “Não tem assédio coisa nenhuma. A escala de serviço de uma empresa como o metrô é rotineira. Nós fizemos questão de dizer que ‘você está escalado’ para cumprir a decisão judicial, pra fazer o que o Judiciário está mandando e, obviamente, eles estão ignorando solenemente o que o Judiciário mandou.”

    A respeito das propostas de privatização, Tarcísio afirmou que existe um estudo avançado para desestatizar as linhas que fazem parte da CPTM e que há, no mínimo, três grupos interessados no leilão, sendo dois brasileiros e um espanhol. A expectativa é poder colocar à venda em 2024 ou no máximo no primeiro semestre de 2025.

    Já sobre as mudança no metrô, o governador ressaltou que o processo está menos avançado e que a equipe administrativa está avaliando as empresas que possam se interessar em privatizar o serviço.

    Atualmente, quatro linhas do sistema metro-ferroviário estão concedidas à iniciativa privada, sendo duas de trem e duas de metrô.

    Em resposta as declarações dadas pelo governador de São Paulo, a presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, informa que a categoria acionou a Organização Internacional do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho, a Coordenação Nacional de Liberdade de Sindicais para contestar as ações do governo paulista

    “Nunca existiu essa história de lista informando quem está escalado. As pessoas sabem das suas escalas, as pessoas organizam as suas vidas pela sua escala de trabalho. Então configura sim uma prática de assédio moral coletivo gravíssima e que nós vamos escancarar para o mundo, para onde for possível”.