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    8 de março: polícia do RJ faz operação para capturar autores de crimes contra mulheres

    Ação faz parte da "Operação Átria", coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública

    Isabelle Salemeda CNN

    No Dia Internacional da Mulher, as delegacias especializadas no atendimento feminino do estado do Rio de Janeiro realizam, nesta sexta-feira (8), uma força-tarefa para intensificar esforços para capturar autores de crimes praticados contra mulheres, em razão do gênero.

    De acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP), somente em janeiro desse ano o estado registrou 12 feminicídios e 35 tentativas. Durante todo 2023, foram 99 assassinatos de mulheres, com 308 tentativas.

    O último dossiê sobre violência doméstica no Rio de Janeiro, também divulgado pelo ISP, mostra um perfil das vítimas. Os números, referentes a 2022, dão conta de que 43.594 mulheres foram vítimas de violência psicológica em todo o Rio de Janeiro.

    Mais da metade dos crimes aconteceram dentro de uma residência e foram cometidos, em sua grande maioria (67,6%), por alguém conhecido. A maior parte das vítimas possuíam entre 30 e 59 anos e mais da metade eram negras.

    Pelo segundo ano consecutivo, o número de vítimas mulheres dos crimes que compõem a violência psicológica ultrapassou todas as outras formas de violência sofridas por esse grupo.

    A operação desta sexta-feira, que faz parte da “Operação Átria”, é realizada por agentes de 14 Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam) em conjunto com as unidades dos demais departamentos da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio e com a PM. Na programação estão inclusas, ainda, ações preventivas, como palestras e ações sociais, nos 92 municípios do estado.

    No Brasil

    No âmbito federal, a “Operação Átria” é uma ação, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, voltada à prevenção e ao combate da violência contra a mulher. Entre os crimes apurados no escopo da operação estão o feminicídio, a ameaça, a lesão corporal, o estupro, a importunação, a perseguição (stalking) e o descumprimento de medidas protetivas.

    Em 2023, a Operação Átria solicitou 37.965 medidas protetivas de urgência, atendeu 79.586 vítimas e prendeu 9.341.

    Neste ano, a pasta pagará R$ 2 milhões em mais de cinco mil diárias de policiais civis e militares mobilizados para as ações de prevenção e de repressão, que serão realizadas em todo o país. Ao total, cada unidade federativa receberá o valor para 197 diárias.

    O principal objetivo da operação é fomentar a integração das forças de segurança para atuação coordenada em âmbito nacional, aperfeiçoando a atuação estatal no cumprimento de prisões, apreensões, expedição de medidas protetivas de urgência e ações educativas de prevenção.

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