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    51 dias de buscas: suspeito de ajudar em fuga de Mossoró recebeu dinheiro, dizem investigadores

    Homem foi preso pela PF no Ceará suspeito de ajudar na fuga inédita do presídio federal; ele estava em uma pousada em uma praia paradisíaca

    Elijonas Maiada CNN

    Um suspeito de ajudar os dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, foi preso preventivamente em uma pousada na Praia do Futuro, em Fortaleza (CE).

    Segundo a Polícia Federal, esse homem, natural de Baraúnas (RN), tinha relações próximas com outro suspeito, preso no dia 8 de março deste ano. Juntos, os investigadores acreditam que eles fazem parte de uma rede de apoio do crime que foi formada por uma facção ligada aos fugitivos e que ele recebeu dinheiro para o apoio.

    A quantidade recebida é investigada. Com a prisão dele, feita pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), a análise minuciosa das contas dele e seus passos começa.

    O suspeito de 25 anos, que não teve a identidade revelada, foi localizado na segunda-feira (1º) após ação conjunta da PF, da Ficco e forças de outros estados.

    Com a nova detenção, subiu para oito o número de presos sob suspeita de terem ajudado os foragidos. Os dois foragidos, Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, continuam com paradeiro incerto.

    A fuga, inédita no Sistema Penitenciário Federal, completa 51 dias nesta quinta-feira (4). Nesse período, os dois fugitivos, que são integrantes do Comando Vermelho, já mantiveram uma família como refém, foram avistados em comunidades diversas, se esconderam em uma propriedade rural e agrediram um indivíduo na zona rural de Baraúna.

    Falhas na segurança

    A Corregedoria-Geral da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, concluiu relatório sobre a responsabilidade de servidores da Penitenciária Federal de Mossoró na fuga dos dois detentos.

    Segundo o MJSP, o resultado da apuração aponta que não há indícios de corrupção.

    No entanto, de acordo com a corregedora-geral, Marlene Rosa, há o indicativo de que houve falhas nos procedimentos carcerários de segurança. Devido a isso, foram instaurados três Processos Administrativos Disciplinares (PADs) envolvendo 10 servidores. Outros 17 servidores assinarão Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), nos quais se comprometem com uma série de medidas – entre as quais, não podem cometer as mesmas infrações e terão de passar por cursos de reciclagem.

    A corregedora-geral ainda determinou a abertura de uma nova Investigação Preliminar Sumária para continuar as apurações referentes às causas da fuga, com foco nos problemas estruturais da unidade federal. A íntegra do relatório não será divulgada para não prejudicar a nova investigação e os procedimentos correcionais que estão sendo instaurados.

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