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O primeiro réu a ser julgado no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo envolvimento nos atos criminosos do 8 de janeiro é Aécio Lucio Costa Pereira.
Aécio foi preso em flagrante no Senado pela Polícia Legislativa, em 8 de janeiro.
Morador de Diadema (SP), Aécio Pereira tem 51 anos e é técnico em sistemas de saneamento da Sabesp. Estava de férias quando veio a Brasília em um ônibus fretado por um grupo chamado “Patriotas”.
Chegou na capital federal na manhã de 7 de janeiro e ficou na região do Quartel-General do Exército, no acampamento de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em depoimento à polícia e no interrogatório aos juízes auxiliares do gabinete de Moraes, ele disse que pagou pela viagem e que seu objetivo ao chegar a Brasília era “lutar pela liberdade”.
Aécio afirmou que no começo da tarde do dia 8 de janeiro, “o grupo que liderava” o acampamento no QG deu início à caminhada em direção a Esplanada dos Ministérios. O réu disse que não havia bloqueios que impedissem a entrada no Congresso e que, quando lá chegou, estava “tudo aberto”. Ele afirmou que, já dentro do Senado, entrou no Salão Negro e acessou outras galerias.
Segundo seu depoimento, ele não causou nenhum dano ao patrimônio público. No Senado, ele se filmou na mesa do plenário mandando um recado para seus contatos, dizendo: “Amigos da Sabesp que não acreditou. Estamos aqui. Quem não acreditou também estou aqui por você, porra. Olha onde eu estou. Na mesa do Presidente. Vilsão, Roni. Estamos aqui porra. Marcelão, estamos aqui caralho. Vai dar certo. Não desistam. Saiam às ruas. Parem as avenidas. Dê corroboro para nós.”
Conforme seu relato, ele tentou sair do Congresso, mas disse ter visto várias pessoas quebrando vidros. Aécio então decidiu retornar para onde estava. Acabou sendo preso em flagrante pela Polícia Legislativa do Senado.
Em nota à CNN, a defesa de Aécio Pereira disse que “mantém sua firme convicção de que Aécio Lúcio Costa Pereira será absolvido, pois o Ministério Público Federal não apresentou provas que o incriminem”.