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O hacker Walter Delgatti Neto deu detalhes à CPMI do 8 de Janeiro sobre uma reunião no Palácio da Alvorada na qual participaram o então presidente Jair Bolsonaro (PL), seu ajudante de ordens Mauro Cid, o assessor da Presidência general Marcelo Câmara e a deputada Carla Zambelli.
Durante seu depoimento, o hacker disse que a reunião durou cerca de uma hora e meia.
“Essa reunião a ideia era falar sobre a eleição e a lisura das urnas. A conversa foi bem técnica, até que o presidente me disse: “Olha, a parte técnica eu não entendo. Então eu irei enviá-lo ao Ministério da Defesa, e lá com os técnicos você explica tudo isso.”
A conversa se resumiu nisso, e também ele pediu que eu fizesse o que havia dito sobre o dia 7 de setembro”, disse Delgatti.
No início de sua fala, o hacker contou que, em uma reunião com membros do Partido Liberal (PL), lhe foi sugerida a ideia de “pegarem uma urna, colocar um aplicativo meu lá e mostrar à população que é possível apertar um voto e sair outro. Eu faria o código-fonte da urna, não o do TSE”.
Questionado pela relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), se ele colocou a possibilidade de ser preso por esses atos, Delgatti respondeu: “Sim, inclusive a ideia ali era que eu receberia um indulto do presidente.”
Ele acrescentou como estava à época na mira da operação “Spoofing” da Polícia Federal (PF) e com as cautelares que o proibiam de acessar a internet, ele “visava esse indulto e foi oferecido no dia”.
A CNN tenta contato com a defesa de Bolsonaro, Cid, Câmara e Zambelli para comentar e aguarda retorno