Zara lamenta campanha que sofreu boicote de ativistas pró-Palestina
Nas redes sociais, a marca explicou que as fotos foram planejadas e registradas antes do início da guerra entre Israel e Palestina
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A marca de roupas “Zara” lamentou “mal-entendido” sobre campanha publicitária que desencadeou pedidos de boicote por parte de ativistas pró-palestina, nesta terça-feira (12). A campanha publicitária chamada “The Jacket” (a jaqueta, em português) exibia estátuas enroladas em branco. .
Na publicação, feita pela marca, internautas e seguidores alegavam que as imagens se assemelhavam a fotos de cadáveres em mortalhas brancas em Gaza.
Com a repercussão negativa, incluindo a hastag “BoycottZara” no ranking dos assuntos mais comentados do “X”, antigo Twitter, a empresa disse que as imagens foram removidas e que a campanha, que também mostrou manequins sem membros, foi concebida em julho e fotografada em setembro – antes do início do conflito, em outubro.
“Infelizmente, alguns clientes se sentiram ofendidos por essas imagens, que agora foram removidas, e viram nelas algo muito diferente do que pretendiam quando foram criadas”, disse a companhia no Instagram.
As imagens foram criadas “com o único propósito de mostrar peças de vestuário artesanais em um contexto artístico”, acrescentou a marca.
Zara is absolutely disgusting for this campaign & after they already had a lead designer say Anti-Palestinian remarks before. Those images of Palestinians holding their family in white clothe being mocked like this is beyond hateful. They deserve to fail. pic.twitter.com/GBuf3fhUA4
— I appreciate you. (@DeeLaSheeArt) December 12, 2023
“Zara Atelier”
Na divulgação dos novos designs criados pela linha “Zara Atelier”, que leva o nome de “Collection 04_The Jacket”, a Zara compartilhou no último domingo (10), uma sequência de fotos em sua conta oficial no Instagram.
Os registros trazem a modelo americana Kristen McMenay usando peças como jaquetas e casacos, ambientada em um estúdio artístico destruído, com entulhos, obras inacabadas, manequins partidos e estátuas cobertas em branco, se assemelhando a cadáveres.
Vale ressaltar que a coleção é uma das mais caras da empresa, com preços que variam de 229 dólares (aproximadamente 1.100 reais) para um blazer de lã cinza com mangas de tricô, a 799 dólares (aproximadamente 3.961 reais) para uma jaqueta de couro com tachinhas – que ainda estão à venda nos sites da grife.
Por Helen Reid em Londres e Corina Pons em Madri