Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    #CNNPop

    Picasso, Munch e Warhol: Bienal de SP já expôs obras de nomes que mudaram a história da arte

    Hoje exposta no Museu Reina Sofia, em Madrid, "Guernica", de Pablo Picasso" fez parte do acervo da 2ª Bienal de SP

    Flávio Ismerimda CNN

    São Paulo

    O Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, recebe, partir da quarta-feira (6) a 35ª Bienal Internacional de Artes de São Paulo. Com o tema “coreografias do impossível”, essa edição promete trazer obras que desafiam a linearidade do tempo no Ocidente.

    “O termo coreografia nos ajuda também a refletir como a ideia de mover-se livremente permanece no cerne de uma concepção neoliberal de liberdade. Em consonância com o próprio paradoxo criado pelo título, buscamos não caminhar ao redor de um motivo ou por núcleos temáticos, mas antes abrir espaço para uma dança contínua em que podemos coreografar juntos, mesmo na diferença”, dizem os curadores.

    Nas 34 edições anteriores, a Bienal expôs algumas das obras mais célebres da história da arte, como “Guernica”, de Pablo Picasso, e “O Grito”, de Edward Munch. Na galeria acima a CNN listou pintores ilustres que estiveram no catálogo das exposições ao longo da história da Bienal.

    • Pablo Picasso

    O pintor espanhol Pablo Picasso teve sua mais importante obra exposta na 2ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1953: o painel “Guernica”. O quadro, que retrata a destruição provocada pela ditadura de Francisco Franco durante a Guerra Civil Espanhola, chegou ao Brasil pelo porto de Santos e subiu a serra rumo à capital paulista em um caminhão aberto, protegido apenas por uma lona.

    Na época, a obra rodava o mundo porque Picasso proibiu que seu quadro fosse exposto na Espanha enquanto a república não fosse reestabelecida. Somente em 1975, com a morte de Franco, a democracia foi reestabelecida no país.

    “Guernica” hoje faz parte do acervo do Museu Reina Sofia, em Madrid, onde está desde 1992.

    • Edvard Munch

    “O Grito”, de Edvard Munch, outra das obras mais icônicas da história que já estiveram expostas na Bienal. O quadro do norueguês fez parte do acervo impressionante da 23ª edição, em 1996, que reuniu obras de outras grandes artistas, como Picasso, Paul Klee, Goya, Andy Warhol e Jean Michel Basquiat.

    O quadro é considerado um ícone do expressionismo e foi pintado em quatro versões, além de uma litografia que permite a impressão e a reprodução da obra. Em 2012, uma das versões foi arrematada por US$ 120 milhões (aproximadamente de R$ 592 milhões) em um leilão da Sotheby’s, em Nova York.

    O tema da 23ª edição era “A desmaterialização da arte no final do milênio”, que tinha em Picasso, Warhol e Munch seus três pilares.

    • Andy Warhol

    A 9ª edição foi considerada a “Bienal Pop” e contou com cinco obras de Andy Warhol, pintor e cineasta norte-americano expoente da Pop Art. Foi ele o principal responsável pela aproximação de ícones da cultura popular para a arte erudita.

    Warhol, em seus quadros, usava técnicas de reprodução de imagem e apresentava marcas tradicionais do mercado norte-americano, como as sopas Campbell e a Coca-Cola, além de estrelas da época, como Marilyn Monroe, Elizabeth Taylor, Michael Jackson, Pelé e Brigitte Bardot.

    • Marcel Duchamp

    A obra do pintor, poeta e escultor francês Marcel Duchamp ganhou uma sala para chamar de sua na 19ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1987. Seu trabalho “Jogadores de Xadrez” já havia sido exposto na 2ª Bienal, em 1953, mas desta vez os visitantes puderam ver uma exposição completa do artista.

    Duchamp inventou o ready made, isto é, o estilo que se apropria de elementos originalmente fabricados para serem parte do cotidiano e os transforma em arte. Foi ele quem levou um urinol para o patamar de masterpiece, por exemplo. “Roda de Bicicleta”, que esteve exposta na 19ª Bienal, é uma de suas principais obras.

    Serviço

    • 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível
    • Curadoria: Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel
    • De 6 setembro a 10 dezembro de 2023
    • Terças, quartas, sextas e domingos: das 10h às 19h (última entrada: 18h30)
    • Quintas e sábados: das 10h às 21h (última entrada: 20h30)
    • Pavilhão Ciccillo Matarazzo, Parque Ibirapuera · Portão 3 – São Paulo, SP
    • Entrada gratuita