De chapéus pretos a broches, os convidados do funeral fazem homenagens a rainha

A rainha Elizabeth II era também a rainha do vestuário simbólico, com suas roupas, cores, chapéus e joias que se comunicavam com os súditos e contribuía para uma diplomacia suave.

Nesta segunda-feira (19), quando a monarca com o reinado mais longo da Grã-Bretanha é sepultada, chegou a hora de seus admiradores – familiares, chefes de Estado e outros dignitários – fazerem o mesmo.

Desnecessário é dizer que o preto foi a cor predominante entre os cerca de 2.000 convidados lotados na Abadia de Westminster, em Londres, para a cerimônia. E enquanto as escolhas de roupas dos participantes foram apropriadamente discretas, chapéus, broches e acenos para roupas nacionais adicionaram personalidade ao traje.

Penteados formais vinham em todas as formas e tamanhos, de chapéus de abas largas a fascinadores diminutos com véus escuros.

Desenhos mais elaborados foram vistos em Carole Middleton, mãe de Catherine, princesa de Gales, e líder da Câmara dos Comuns da Grã-Bretanha, Penny Mordaunt, cujo chapéu apresentava um arranjo de penas escuras.

A esposa do presidente francês Emmanuel Macron, Brigitte, optou por um chapéu estilo pillbox com pequenos detalhes de véu preto na frente; o de Jill Biden era mais minimalista, com um design fino, semelhante a uma faixa de cabeça, culminando em um delicado arco.

De fato, nenhum membro da realeza era jovem demais para seguir a tradição, com a princesa Charlotte – agora a terceira na linha de sucessão ao trono – também retratada com um chapéu escuro. A menina de 7 anos também usava um pingente de ferradura em seu casaco, no que pode ter sido uma homenagem ao amor de sua bisavó por cavalos.

Para outros da família imediata da rainha, roupas, faixas e medalhas eram ditadas pelo posto militar. O novo rei, Charles III, usava um uniforme da Marinha Real e carregava uma espada. Seu filho William, o recém-nomeado príncipe de Gales, usava um uniforme da Royal Air Force, enquanto o príncipe Edward e a princesa Anne também usavam uniformes.

Não mais um membro da realeza trabalhadora, o príncipe Andrew usava um simples terno matinal, embora ainda assim fosse adornado com várias medalhas e condecorações. O príncipe Harry também chegou em roupas civis, tendo se afastado dos deveres reais em 2020.

Fazer declarações é uma tarefa delicada, mas broches, alfinetes e faixas carregavam um significado sutil.

Kate Middleton, princesa de Gales, usava um par de brincos de pérolas dadas à rainha e ao príncipe Philip para seu casamento em 1947, bem como a gargantilha de pérola japonesa de quatro fileiras da coleção de joias pessoais da rainha (um item usado anteriormente pela princesa Diana).

Usando um elegante vestido de capa, Meghan, Duquesa de Sussex, seguiu o exemplo em um par de brincos presenteado pela rainha em 2018.

Camilla, a rainha consorte, foi mais longe na história com o broche de jubileu de diamante hessiano em forma de coração, uma joia incrustada de safira que pertenceu à rainha Victoria, a tataravó da falecida rainha Elizabeth.

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, que costuma usar momentos de destaque para acenar para as tradições indígenas de seu país, usava um manto maori emplumado. Falando antes do funeral, ela disse a uma das emissoras de seu país, 1News, que a roupa lhe deu “alguma maneira de trazer um pedaço da Nova Zelândia aqui comigo”.

Outros dignitários estrangeiros também se voltaram para a vestimenta nacional de seu país. O príncipe herdeiro do Bahrein chegou em um thobe e ghitraa, o manto até o tornozelo e o cocar amplamente usado pelos homens na nação do Golfo.

Gregorio María Araneta III, cunhado do presidente filipino Ferdinand Marcos Jr., usava um tagalog barong branco – uma camisa formal de manga comprida bordada – com uma braçadeira preta.

O vice-presidente da Nigéria, Yemi Osinbajo, também chegou em trajes tradicionais, enquanto o primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, usava um sherwani preto.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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