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    Zelensky admite que contraofensiva ucraniana é mais lenta do que o esperado

    Presidente ucraniano também afirmou, em entrevista com a presença da CNN Brasil, que as forças armadas do seu país vão continuar lutando para tentar liberar seus portos no Mar Negro

    Américo Martinsda CNN , Enviado especial à Ucrânia

    O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, admitiu, neste domingo (6), que a contraofensiva militar de seu país está ocorrendo num ritmo “provavelmente mais lento do que alguns desejam ou imaginam”.

    Segundo ele, a ação militar contra os russos é “complicada” porque “há muitas minas em algumas partes da frente de combate e há outras complicações em outras partes”.

    As declarações do presidente foram feitas durante uma entrevista com um grupo de jornalistas, incluindo a CNN Brasil.

    O líder ucraniano, no entanto, tentou minimizar os problemas de suas forças armadas. “Podemos discutir a contraofensiva por muito tempo. Debater as direções, falar do que está certo e do que está dando errado. Mas uma contraofensiva é uma ofensiva do exército, não uma retirada. E este é um aspecto positivo importante. A iniciativa está nas mãos da Ucrânia”, disse ele.

    Zelensky também voltou a reclamar que seu país não possui todos os armamentos de que precisa para vencer a guerra.

    “É muito difícil lutar por tanto tempo. É muito difícil quando você tem falta de certas armas. Tudo isso é muito difícil, porque é uma guerra”, disse, numa referência velada à falta de aviões militares modernos que possam ajudar no avanço de suas tropas de artilharia e infantaria.

    Mas ele adotou um tom otimista, dizendo que sabe que a guerra é muito difícil para os ucranianos, “mas é mais difícil ainda para os russos”. ”

    Há cansaço em nossos olhos, mas nos olhos dos russos há medo

    Volodymyr Zelensky

    Acordo dos grãos

    Durante a entrevista, Zelensky também defendeu que seja reaberto um corredor para exportação de trigo, o corredor dos grãos.

    Um acordo mediado pela Turquia e pela ONU entre Kiev e Moscou permitiu que a Ucrânia exportasse trigo, milho e outros grãos por um ano com a criação de um corredor aberto no bloqueio marítimo de seus portos pelas forças russas.

    Em julho deste ano, no entanto, a Rússia se retirou do acordo, afirmando que o Ocidente não cumpriu sua parte e não levantou algumas das sanções que impôs contra o Kremlin desde o início do conflito.

    Imediatamente, Moscou também começou a bombardear as cidades ucranianas no litoral do Mar Negro, incluindo alvos militares mas também depósitos de grãos.

    “Se bloqueio russo continuar (no Mar Negro), a Ucrânia terá que encontrar outro método para acabar com esse bloqueio. Se a Rússia continuar dominando o Mar Negro e bloqueando nosso acesso, disparando mísseis, a Ucrânia fará o mesmo”, disse ele.

    “A Ucrânia certamente responderá a qualquer ataque contra nossa população civil, contra nossos corredores de (exportação de) grãos”, afirmou o líder ucraniano.

    Veja também: Rússia não é convidada para cúpula na Arábia por paz na guerra da Ucrânia

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