A cidade de Xangai, na China, registrou a temperatura mais alta no mês de maio em mais de 100 anos nesta segunda-feira (29), com 36,1 °C.
O recorde anterior de 35,7 ºC foi registrado pela primeira vez em maio de 1876, e alcançado apenas outras três vezes (1903, 1915 e 2018), segundo informou a mídia estatal do país.
A onda de calor recorde desta segunda-feira para maio foi registrada no distrito de Xuhui, informou a mídia estatal CCTV, citando o Departamento Meteorológico de Xangai.
Na segunda, o Departamento Meteorológico de Xangai emitiu seu primeiro alerta de alta temperatura do ano, já que as temperaturas na cidade ultrapassaram 35 ºC por três dias consecutivos.
Isso ocorre depois que uma onda de calor passou pela China em julho do ano passado, com os moradores recorrendo a abrigos antiaéreos e fontes públicas para se refrescar.
Durante todo o ano de 2022, Xangai registrou 50 dias de temperaturas acima de 35 °C. O nível de alerta de temperatura atual na cidade é amarelo, o mais baixo dos três níveis.
Um alerta laranja entra em vigor se a temperatura máxima subir acima de 37 ºC dentro de 24 horas, e o vermelho significa que as temperaturas devem atingir mais de 40 graus Celsius nas próximas 24 horas.
A situação em Xangai acontece em em meio a uma série de altas temperaturas recordes na Ásia, no Vietnã, no Laos e na capital da Tailândia, Bangkok, no início deste mês. Especialistas dizem que o calor foi agravado devido a aumento nos níveis de poluição.
Os cientistas alertam que as ondas de calor devem piorar à medida que os impactos da crise climática causada pelo homem se aceleram.
A temperatura das águas costeiras da China também aumentou devido ao aquecimento global e o aumento do nível do mar se acelerou, disse Wang Hua, chefe do departamento de previsão e monitoramento marinho do Ministério de Recursos Naturais da China, no mês passado.
Xangai, a cidade mais desenvolvida e rica do país, está localizada ao longo desta costa.
Nas últimas quatro décadas, o aumento do nível do mar ao longo da costa chinesa causou efeitos de longo prazo, incluindo a erosão dos ecossistemas costeiros e a perda de planícies de maré. Segundo Wang, a mudança também afetou o abastecimento de água subterrânea e aumentou os danos causados por tempestades, inundações e intrusão de marés salgadas.
