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    Waack: Lula ajuda Maduro a vestir uma fantasia

    Candidata barrada devia parar de ficar chorando, disse Lula, aceitando como "democrático" o regime venezuelano vetar um candidato que o desafia com chances de sucesso em eleições livres

    William Waackda CNN , São Paulo

    Não há uma fórmula pronta de como acabar com uma ditadura como a da Venezuela. Ela se mantém no poder há bem mais do que uma década com repressão política, corrupção, destruição das instituições independentes (como o judiciário), populismo, violência e supressão de qualquer oposição.

    O uso de sanções econômicas e pressão internacional levaram a ditadura venezuelana a assinar acordos para a realização de eleições que ela imediatamente traiu, acordos endossados pelo Brasil, proibindo, por exemplo, a participação da candidata de oposição mais competitiva, Maria Corina Machado.

    Nesta situação, o Brasil está contribuindo para acabar com a ditadura na Venezuela, ou está ajudando o regime venezuelano a continuar, mas agora vestindo um disfarce de eleição democrática?

    A julgar pelo que disse nesta quarta-feira (6) o presidente Lula, o Brasil está ajudando Maduro a vestir a fantasia.

    A candidata barrada devia parar de ficar chorando, disse Lula, aceitando como “democrático” o regime venezuelano vetar um candidato que o desafia com chances de sucesso em eleições livres.

    Lula disse que ele também foi barrado na disputa de uma eleição presidencial, em 2018, e não ficou chorando, arrumou um candidato para representá-lo.

    Sim, Lula foi barrado dentro das regras do Estado democrático de direito brasileiro, as mesmas que o tiraram da cadeia depois.

    Comparar o Brasil à Venezuela neste contexto apenas diminui o Brasil.

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