Waack: Israel se prepara para enorme operação militar

Israel deu mais um passo no que se chama em linguagem militar de preparação do campo de batalha.

Pela primeira vez desde os ataques terroristas do Hamas de 7 de outubro, blindados israelenses fizeram uma incursão no norte da Faixa de Gaza.

Ao mesmo tempo em que o ritmo do bombardeio aéreo superava qualquer outra operação semelhante realizada por Israel em toda a área, e foram várias nos últimos anos.

Israel mantém o cerco total da área ocupada pelo Hamas e bloqueia especialmente a entrada de combustível, sem o qual os geradores de hospitais vão parar de funcionar, mas também os do Hamas.

Israel sinalizou que vai para a invasão por terra e não reagiu ainda a uma declaração dos líderes da União Europeia, que pediram uma trégua – a palavra no comunicado em inglês foi “a break”, nem se fala em cessar-fogo – para permitir corredores humanitários de fuga da população civil e chegada de ajuda, inclusive combustível.

Segundo a imprensa americana, Israel retardou a invasão por terra para dar tempo aos americanos de proteger instalações e tropas em vários pontos do Oriente Médio e para dar tempo de Israel montar defesas antiaéreas para mísseis de grande alcance, fornecidos em parte pelos Estados Unidos.

Em resumo, o que se vê nestas horas são preparativos para uma enorme operação militar, e pouquíssimas indicações de que esforços diplomáticos consigam mudar esse rumo dos acontecimentos.