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    Waack: Brics se tornaram uma geringonça da China

    O grupo convidou seis potências para se juntarem a eles durante a Cúpula dos Brics

    William Waackda CNN

    São Paulo

    Quando foram inventados por um banqueiro de investimentos americano, os Brics tinham um denominador comum. Eram chamados de mercados emergentes com taxas apreciáveis de crescimento.

    Eram cinco países também com um desejo comum: serem mais ouvidos e respeitados.

    Agora, os Brics se tornaram uma engrenagem da China, que fez o grupo mais do que dobrar de tamanho e continuar tão díspares entre si como era antes, mas com um novo denominador comum. Fazem parte de um esforço internacional de contestar a ordem mundial na qual os Estados Unidos são a potência predominante.

    A nova composição dos Brics tem certa semelhança com um movimento de muitos anos atrás, que se chamava Movimento dos Países Não Alinhados. Muito descontentes com a ordem internacional, mas não alinhados com os Estados Unidos ou a então União Soviética, os dois polos da Guerra Fria.

    A expansão dos Brics de hoje demonstra que não se trata de um bloco de não alinhados, mas sim de um bloco alinhado com o eixo formado pela China e pela Rússia.

    Integrado agora em sua maioria por monarquias absolutistas, uma teocracia e autocracias. Para os quais os chamados princípios universais da democracia e direitos humanos são relativos, ou servem apenas de pretexto para os americanos se imporem ao mundo.

    A expansão dos Brics sob a liderança descarada da China compromete a tradicional postura brasileira de manter equidistância dos blocos e suas divisões. Não alinhados significava não ter lado. Os Brics têm.