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    Venezuela anuncia retomada de relações militares com a Colômbia, diz ministro

    Anuncio ocorre dois dias após posse de Gustavo Petro

    Da CNN*

    A Venezuela anunciou a retomada de suas relações militares com a Colômbia dois dias após a posse de Gustavo Petro como presidente.

    “Recebi instruções do CJ FANB @Nicolasmaduro, para estabelecer imediatamente contato com o Ministério da Defesa colombiano para restabelecer nossas relações militares”, disse o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino, no Twitter.

    Após anos de uma relação estagnada e com a confiança bilateral rompida pelas ações dos últimos governos —e após uma campanha do presidente Iván Duque e seu chamado cerco diplomático para remover do poder o presidente Nicolás Maduro— as declarações de Petro foram recebidas com um ar de otimismo cauteloso e esperança de que possam resultar na normalização das relações bilaterais.

    As relações entre Colômbia e Venezuela estão em crise desde 2015 e a situação se agravou com a pandemia em 2020, quando a Colômbia ordenou o fechamento de passagens de fronteira como medida sanitária.

    A fronteira entre Colômbia e Venezuela, por onde passam pessoas e mercadorias há séculos, foi fechada em 2015 pelo governo Maduro após um confronto entre forças de segurança venezuelanas e civis, que Maduro atribuiu ao “paramilitarismo” na Colômbia e pelo qual culpou ex- presidente colombiano Álvaro Uribe, que na época negou as acusações.

    Após sua vitória eleitoral em junho, Petro anunciou que reabriria as fronteiras com a Venezuela para “restaurar o pleno exercício dos direitos humanos” lá. Embora a fronteira terrestre entre Colômbia e Venezuela esteja parcialmente aberta, o objetivo é abri-la completamente e restabelecer o comércio bilateral.

    O comércio tem sido um dos mais afetados pelos problemas na fronteira dos dois países. Em 2008, o intercâmbio comercial entre os dois países era de cerca de US$ 7,2 bilhões, em 2015 havia caído para cerca de US$ 1,331 bilhão e em 2020 era de apenas US$ 221 milhões. E a pandemia agravou o fechamento de passagens de fronteira.

    (Com informações de Melissa Velasquez)

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