Veja fotos impressionantes de cavernas abertas no maior iceberg do mundo após derretimento
Iceberg A23a se move a norte da Antártica, onde encontra um ar mais ameno e temperaturas oceânicas mais altas
A erosão escavou enormes arcos e cavidades cavernosas no maior iceberg do mundo enquanto ele flutua no oceano, longe da Antártica, mostram novas fotos espetaculares.
As imagens foram feitas por fotógrafos a bordo de uma embarcação da empresa EYOS Expeditions, que navega por um trecho do iceberg A23a.
As fotos revelam a vasta escala do iceberg – que tem mais que o dobro do tamanho da capital do Reino Unido, Londres – à medida que se estende. As imagens mostram rachaduras profundas na superfície, bem como cavernas escavadas no iceberg.
O iceberg A23a está sendo gradualmente erodido à medida que se move mais ao norte da Antártica e encontra um ar mais ameno e temperaturas oceânicas mais altas.
A equipe da expedição testemunhou pedaços do iceberg se quebrando no mar, disse um porta-voz da EYOS Expeditions à CNN.
O A23a está em movimento depois de quase três décadas encalhado no fundo do mar na Antártica. A enorme massa de gelo se separou da plataforma de gelo Filchner-Ronne em 1986, partindo e encalhando no fundo do Mar de Weddell, na Antártica, quase imediatamente.
O iceberg tem cerca de 400 metros de espessura e quase 4 mil quilômetros quadrados de área. Isso é mais de três vezes o tamanho de Los Angeles.
O A23a deteve o título de “maior iceberg atual” várias vezes desde a década de 1980, sendo ocasionalmente superado por icebergs maiores, mas de vida mais curta, incluindo o A68 em 2017 e o A76 em 2021. O enorme iceberg acabará desaparecendo completamente no futuro.
Os cientistas afirmaram que, embora esse iceberg em particular tenha provavelmente partido como parte do ciclo natural de crescimento da plataforma de gelo, as mudanças climáticas estão provocando alterações preocupantes nesse vasto e isolado continente, com consequências potencialmente devastadoras para o aumento global do nível do mar.
Em fevereiro do ano passado, o gelo marinho da Antártida atingiu a sua extensão mais baixa desde o início dos registos, com quase 691 mil milhas quadrados.
*Com informações de Amy Woodyatt, da CNN.