Unicef diz que alguns líderes do Talibã ‘querem ver a educação das meninas’
Quando o Talibã governou o Afeganistão pela última vez, de 1996 a 2001, meninas não podiam frequentar escolas; ascensão do grupo ameaça direitos das mulheres
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Morador de Cabul, no Afeganistão, tira selfie com militantes do Talibã que patrulham cidade
Crédito: Rahmat Gul - 19.ago.2021/AP - 2 de 21
Combatentes do Talibã patrulham as ruas de Cabul nesta quinta-feira (19)
Crédito: Rahmat Gul - 19.ago.2021/AP - 3 de 21
Zabihullah Mujahid (C), porta-voz do Talibã, em entrevista coletiva; grupo prometeu que não invadirá casas ou fará ações contra mulheres
Crédito: Rahmat Gul - 17.ago.2021/AP - 4 de 21
Em protesto na frente do palácio presidencial, em Cabul, afegãs exibem respeito aos seus direitos por governo do Talibã
Crédito: Sayed Khodaiberdi Sadat - 17.ago.2021/Anadolu Agency via Getty Images - 5 de 21
Militantes do Talibã nos arredores do aeroporto de Cabul, na segunda-feira (16)
Crédito: Haroon Sabawoon - 16.ago.2021/Anadolu Agency via Getty Images - 6 de 21
Soldados dos EUA isolam pista do aeroporto da Cabul, no Afeganistão
Crédito: Shekib Rahmani - 16.ago.2021/AP - 7 de 21
Centenas de afegãos invadiram aeroporto de Cabul para tentar fugir do país
Crédito: Shekib Rahmani - 16.ago.2021/AP - 8 de 21
Afeganistão: foto revela mais de 600 afegãos em avião militar de carga da Força Aérea dos EUA
Crédito: Defense One/Handout via Reuters - 9 de 21
Membros da Talibã patrulham as ruas de Cabul após assumirem o controle da capital afegã
Crédito: Sayed Khodaiberdi Sadat - 16.ago.2021/Anadolu Agency via Getty Images - 10 de 21
Combatentes do Talibã inspecionam coletes e outros equipamentos deixados em Cabul pelas forças de segurança
Crédito: Sayed Khodaiberdi Sadat - 16.ago.2021/Anadolu Agency via Getty Images - 11 de 21
Combatentes do Talibã no palácio presidencial do Afeganistão, em Cabul, após assumirem controle da capital
Crédito: Zabi Karimi - 15.ago.2021/AP - 12 de 21
Milhares de afegãos e suas famílias foram ao aeroporto de Cabul para tentar deixar o país
Crédito: Sayed Khodaiberdi Sadat - 16.ago.2021/Anadolu Agency via Getty Images - 13 de 21
Combatentes do Talibã erguem bandeira do grupo na residência do governador em Ghazni, a três horas de Cabul
Crédito: Gulabuddin Amiri - 15.ago.2021/AP - 14 de 21
Combatentes do Talibã erguem bandeira do grupo na residência do governador em Ghazni
Crédito: Gulabuddin Amiri - 15.ago.2021/AP - 15 de 21
Militantes do Talibã patrulham ruas de Ghazni; cidade foi tomada pelo grupo na semana passada
Crédito: Gulabuddin Amiri - 12.ago.2021/AP - 16 de 21
Moradores de Cabul fazem fila em caixas eletrônicos para tentar sacar dinheiro antes de o Talibã entrar na capital afegã
Crédito: Rahmat Gul - 15.ago.2021/AP - 17 de 21
Com chegada do Talibã a Cabul, longas filas foram registradas também no escritório de passaportes da capital afegã
Crédito: Paula Bronstein - 14.ago.2021/Getty Images - 18 de 21
Helicóptero dos EUA é visto sobrevoando embaixada norte-americana em Cabul
Crédito: Rahmat Gul - 15.ago.2021/AP - 19 de 21
Militar afegão vigia embaixada dos EUA em Cabul
Crédito: Reuters - 20 de 21
Forças de segurança do Afeganistão patrulham Cabul antes de o Talibã entrar na cidade
Crédito: Haroon Sabawoon/Anadolu Agency via Getty Images - 21 de 21
Ashraf Ghani discursa no Parlamento do Afeganistão durante reunião extraordinária do Legislativo
Crédito: Rahmat Gul - 2.ago.2021/AP
Alguns líderes do Talibã disseram que “querem ver a educação das meninas” durante conversa com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e organizações parceiras, relatou o chefe de operações de campo do Unicef, Mustapha Ben Messaoud, nesta terça-feira (17).
As mensagens do Talibã são “mais ou menos iguais”, mas com “pequenas diferenças”, especialmente em termos de educação das meninas, disse Messaoud a repórteres durante uma coletiva de imprensa da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Há áreas, partes do país, onde nos disseram que estão esperando a orientação de suas lideranças, religiosas e políticas. Em outros lugares, eles disseram que querem ver a educação das meninas e as escolas em funcionamento”, relatou.
De acordo com Messaoud, oficiais do Talibã mantiveram conversas com o Unicef e organizações parceiras em vários escritórios regionais no Afeganistão nos últimos dias.
Abordando a possibilidade das trabalhadoras de ajuda humanitária e funcionárias afegãs continuarem em suas funções, Messaoud disse que o Talibã deu “respostas mistas e comedidas”. O Unicef, segundo seu representante, está “cautelosamente otimista”.
Quando o Talibã governou o Afeganistão pela última vez, de 1996 a 2001, as meninas não podiam frequentar escolas, mulheres não podiam trabalhar e para sair de casa tinham que cobrir o rosto e estar acompanhadas por um parente do sexo masculino.
As mulheres que infringiam essas regras às vezes sofriam humilhações e espancamentos públicos pela polícia religiosa do grupo sob a interpretação estrita da lei islâmica – a sharia.
Escritórios do Unicef estão operando
Pelo menos 11 dos 13 escritórios de campo do Unicef no Afeganistão permaneceram em operação desde que o Talibã assumiu o Cabul, capital do Afeganistão. A organização atualmente tem atuado na “maioria dos lugares” do país.
“Metade da população – mais de 18 milhões de pessoas, incluindo quase 10 milhões de crianças – precisa de ajuda humanitária”, disse Messaoud ao mencionar que a necessidade de ajuda humanitária se espalha pelo país.
Messaoud revela também que o Unicef e seus parceiros estão em “discussões contínuas” com o Talibã e estão “bastante otimistas” sobre o relacionamento futuro, com base nas discussões mantidas nos escritórios de campo do Unicef. “Não temos um único problema com o Talibã nesses escritórios de campo.”
(Este texto é uma tradução. Para ler o original, em inglês, clique aqui)