União Europeia diz que redução do fluxo de gás da Rússia é “motivada politicamente”
Estatal de energia russa anunciou que irá fazer reparos em uma das turbinas do gasoduto Nord Stream 1 a partir de quarta-feira (27)
O último anúncio da Gazprom para reduzir ainda mais os fluxos através do gasoduto Nord Stream 1 é um “passo politicamente motivado”, disse o comissário europeu de Energia, Kadri Simson, nesta terça-feira (26), antes de uma reunião com ministros de energia da União Europeia (UE) em Bruxelas, na Bélgica.
“Não há nenhuma razão técnica para fazê-lo. Este é um passo politicamente motivado, e temos que estar prontos para isso”, disse Simson.
“E exatamente por esse motivo, a redução preventiva de nossa demanda de gás é uma estratégia sábia.”
Na segunda-feira, a empresa estatal de energia russa disse que reduzirá ainda mais os fluxos de gás através do gasoduto Nord Stream 1 a partir de quarta-feira, ao interromper outra turbina para reparos. O gasoduto é uma artéria vital que liga as vastas reservas de gás da Rússia à Europa através da Alemanha.
A capacidade diária a partir das 7h (horário de Moscou) de 27 de julho será de até 33 milhões de metros cúbicos”, disse a empresa em comunicado. O Nord Stream 1 tem uma capacidade de cerca de 160 milhões de metros cúbicos por dia.
Simson disse que o anúncio da Gazprom “sublinhou mais uma vez que temos que estar prontos para os possíveis cortes de fornecimento da Rússia a qualquer momento”.
“Temos que cuidar de nossa preparação; temos que enfrentar essa crise agora e juntos. E, ao fazer isso, reduziremos nossa demanda preventivamente”, continuou ela.
Simson acrescentou que espera que os ministros da UE tenham “um acordo político” até o final de terça-feira.
Na semana passada, a Comissão Europeia apresentou seu plano para reduzir o uso de gás na Europa em 15% até a próxima primavera.
