União Europeia aumenta ajuda humanitária aos afegãos para mais de € 200 milhões
Chefe da Comissão Executiva do bloco, Ursula von der Leyen, anuncia aumento de 4 vezes na contribuição dos Estados-membros; OMS alerta para falta de suprimentos no país
A União Europeia (UE) aumentará o apoio humanitário aos afegãos dentro e ao redor do país para mais de € 200 milhões de euros, ante os atuais € 50 milhões, disse a chefe da Comissão Executiva do bloco, Ursula von der Leyen, nesta terça-feira (24).
“Esta ajuda humanitária virá além das contribuições dos Estados-membros para ajudar o povo do Afeganistão”, escreveu Von der Leyen no Twitter, acrescentando que anunciaria o apoio adicional em uma cúpula do G7 convocada pelo Reino Unido para esta terça.
A ajuda dependerá do respeito pelos direitos humanos e das mulheres, de acordo com um funcionário da UE, que disse que isso determinaria quanto dinheiro iria para o Afeganistão diretamente ou para as regiões vizinhas.
Também nesta terça-feira, um funcionário do alto escalão da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que só tem suprimentos suficientes no Afeganistão para durar uma semana depois que as entregas de equipamentos médicos do exterior foram bloqueadas por restrições no aeroporto de Cabul.
A agência da ONU também está preocupada com a possibilidade que a atual turbulência no país possa levar a um aumento nas infecções por Covid-19, já que os testes para o vírus caíram 77% na semana passada, disseram autoridades do escritório da OMS no Mediterrâneo Oriental.
Os funcionários da OMS, que falaram durante uma reunião online, disseram que 95% das unidades de saúde no Afeganistão continuaram operacionais, mas que algumas funcionárias não retornaram aos seus postos e algumas pacientes ficaram com medo de deixar suas casas.
As entregas de mais de 500 toneladas de suprimentos médicos, incluindo equipamentos cirúrgicos e kits contra a desnutrição severa, foram interrompidas por causa das restrições no aeroporto na capital afegã, disse a OMS.
(*com informações de Sabine Siebold, Nafisa Eltahir e Aidan Lewis, da Reuters)