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    UE quer deixar dependência de gás russo e ir para renováveis, diz von der Leyen

    Giovanna Galvanida CNN*

    em São Paulo

    A chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que o bloco quer “sair da dependência do gás russo e seguir para a energia renovável no futuro”, uma transição definida como “estratégia para a independência” europeia frente à Rússia, declarou.

    Von der Leyen fez os comentários nesta quarta-feira (23) ao lado do primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre, que encontrou-se com ela para debater o fornecimento de gás natural enquanto as tensões com o país de Vladimir Putin, um grande fornecedor desse tipo de energia para a Europa, seguem aumentando.

    “Há muitas questões que podemos discutir com a Noruega. A Rússia instrumentalizou a energia nos últimos meses, senão nos últimos anos, para colocar pressão não só na Ucrânia, mas na União Europeia, e estamos determinados a sair dessa dependência do gás russo”, disse a presidente.

    No entanto, von der Leyen destacou que este é um processo de “transição de fonte energética” e não dispensou a importância do gás natural para o bloco europeu.

    O posicionamento da União Europeia sobre o tema tomou mais importância após a Alemanha, país mais rico do grupo, anunciar que suspenderia a licença de funcionamento do gasoduto Nord Stream 2.

    O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse que ninguém poderia “prever” o que aconteceria com o empreendimento, que poderia fornecer 55 bilhões de metros cúbicos de gás por ano. Isso representa mais de 50% do consumo anual da Alemanha e pode valer até US$ 15 bilhões para a Gazprom, a estatal russa que controla o oleoduto.

    “Estamos tendo uma situação agora em que ninguém deveria apostar nisso [Nord Stream]”. Ele acrescentou: “Estamos longe de colocar [o gasoduto] em operação”, disse Scholz após o anúncio da suspensão da certificação;

    O governo russo não reagiu com surpresa à sanção ao gasoduto, bem como outras medidas impostas contra empresas e indivíduos russos por países ocidentais. O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, chegou a ironizar o anúncio de Scholz sobre Nord Stream 2, comentando um possível aumento nos preços devido à alta demanda do gás.

    “O chanceler alemão Olaf Scholz emitiu uma ordem para interromper o processo de certificação do gasoduto Nord Stream 2. Nós vamos. Bem-vindo ao admirável mundo novo, onde os europeus muito em breve pagarão 2.000 euros por 1.000 metros cúbicos de gás natural”, tuitou Medvedev.

    *Com informações da CNN e da Reuters