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    UE negocia fornecimento de gás com outros países em meio à preocupação com Rússia

    Comissão Europeia afirmou que "há sinais crescentes de que o Kremlin continua usando o fornecimento de gás como meio de exercer pressão política"

    Comissário da UE para economia, Paolo Gentiloni, afirmou que o efeito da alta dos preços de energia será sentida no curto prazo e que é "essencial" monitorar a inflação
    Comissário da UE para economia, Paolo Gentiloni, afirmou que o efeito da alta dos preços de energia será sentida no curto prazo e que é "essencial" monitorar a inflação Shutterstock

    Kate AbnettSabine Sieboldda Reuters

    A União Europeia (UE) está conversando com os Estados Unidos e outros fornecedores sobre aumento das entregas de gás para a Europa em meio à preocupação com o fornecimento da Rússia, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

    “Estamos construindo uma parceria para segurança energética com os Estados Unidos, principalmente sobre maior fornecimento de gás GNL. Estamos conversando com outros fornecedores de gás, por exemplo a Noruega, sobre maiores entregas para a Europa”, afirmou von der Leyen em uma conferência organizada pelas mídias alemãs Der Tagesspiegel, Die Zeit, Handelsblatt e Wirtschaftswoche nesta segunda-feira (7).

    As crescentes tensões entre o Ocidente e Moscou sobre a Ucrânia levantaram preocupações sobre os fluxos de gás russo para a Europa. Os preços subiram para níveis recordes nos últimos meses em meio a fatores como importações da Rússia abaixo do esperado.

    O armazenamento de gás da Europa está cerca de 10% menor do que o normal para esta época do ano. A Gazprom disse que está cumprindo todos os contratos de longo prazo, mas foi acusada por autoridades da UE e pela Agência Internacional de Energia de contribuir para uma oferta insuficiente em meio ao impasse sobre a Ucrânia.

    Von der Leyen disse que era “estranho” que a Gazprom parecesse desinteressada em aumentar o fornecimento de gás para a Europa, apesar dos preços recordes e da enorme demanda.

    “Há sinais crescentes de que o Kremlin continua usando o fornecimento de gás como meio de exercer pressão política”, declarou.

    A Rússia fornece cerca de 40% do gás da UE. O impacto potencial sobre essa oferta se a Rússia invadir a Ucrânia levou a UE a aumentar a busca de oferta de outros países.