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    Ucrânia tem poucas semanas para avançar antes que inverno comece, diz general dos EUA

    Em entrevista neste domingo, chefe do Estado-Maior Conjunto disse que, com mudança do clima, a lama e a chuva podem atrapalhar o campo de batalha em meio a contraofensiva do país

    Imagem de vídeo divulgado em 25 de agosto que mostrou soldados ucranianos chegando à vila de Robotyne, região de Zaporizhzhia
    Imagem de vídeo divulgado em 25 de agosto que mostrou soldados ucranianos chegando à vila de Robotyne, região de Zaporizhzhia Forças Armadas Ucranianas/Reuters

    Andrew CareyNiamh KennedyYulia Kesaievada CNN

    em Kiev

    O principal general dos Estados Unidos avisou que a Ucrânia tem apenas seis semanas antes que a virada do clima prejudique a sua contraofensiva, mesmo que Kiev sinalize que irá continuar lutando durante o inverno.

    “Ainda resta um tempo razoável, cerca de 30 a 45 dias de combate”, disse o presidente do Estado-Maior Conjunto, general Mark Milley, à BBC no domingo. Depois disso, a lama e a chuva podem atrapalhar o campo de batalha, disse ele.

    Seguindo a mensagem recente de “copo meio cheio” dada por funcionários do governo Biden, Milley disse que a contraofensiva teve “um progresso constante” desde que começou, no início de junho.

    “Esta batalha ainda não acabou e é muito cedo para dizer como isso vai acabar”, disse ele.

    Relatos deste domingo (10) sugeriram apenas ganhos marginais em torno de uma das principais áreas de ataque da Ucrânia, perto da aldeia de Robotyne, na região de Zaporizhzhia, que fica a caminho da cidade estratégica de Tokmak.

    Um canal não oficial do Telegram pertencente à 46ª brigada da Ucrânia, que se revelou uma fonte confiável de informação, disse que as tropas avançaram para o leste de uma aldeia vizinha, mas ressaltou que as forças russas ainda mantinham terrenos mais elevados no entorno, o que dá ao adversário uma vantagem.

    Além disso, uma atualização online do comando de Tavria dizia: “continuamos a fazer pequenos avanços na área de Robotyne. Cerca de 1,5 quilômetro quadrado de território ucraniano foram libertados”.

    “A contraofensiva continuará”

    Questionado sobre o ritmo de avanço das suas forças na sexta-feira (8), o presidente Volodymyr Zelensky insistiu que a Ucrânia ainda tem a iniciativa, mas apelou ao público de uma conferência em Kiev para não ver a contraofensiva como um filme que se resolve em 90 minutos.

    Um dos altos funcionários de segurança de Zelensky, falando no mesmo evento no dia seguinte, indicou que as forças da Ucrânia poderiam estar preparadas para continuar a atacar durante este inverno.

    Kyrylo Budanov, chefe da inteligência militar, reconheceu que a contraofensiva está avançando mais lentamente do que o desejado.

    As linhas defensivas da Rússia foram bem planejadas, disse ele, e fortemente reforçadas de minas, o que tornou a situação no campo de batalha “complicada”.

    Mas, mesmo que o tempo frio seja uma realidade que os militares não podem ignorar, “as hostilidades continuarão, a contraofensiva continuará”, disse ele.

    As comparações com a primeira grande contraofensiva da Ucrânia, em 2022, também sugerem que é possível alongar o prazo.

    As forças russas foram deslocadas para leste, para fora da região de Kharkiv, há exatamente um ano, culminando com a recaptura da cidade de Lyman pelas forças ucranianas por volta de 30 de setembro.

    A contraofensiva da Ucrânia no sul, à época, durou mais seis semanas, só terminando por volta de 10 de novembro, com a libertação de Kherson.

    Aliados de Kiev também receiam que uma interrupção nas ofensivas durante o inverno serviria apenas para dar à Rússia a oportunidade de reforçar ainda mais as suas defesas.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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