Ucrânia relata mais de 50 violações de cessar-fogo na parte leste do país
Regiões separatistas, apoiadas pela Rússia, acusam as forças ucranianas de realizarem bombardeios e ataques com artilharia
O Ministério da Defesa da Ucrânia informou nesta sexta-feira (18) que, a partir das 17h no horário local (12h pelo horário de Brasília), houve “52 violações do cessar-fogo registradas, sendo 42 com munições proibidas pelo Acordo de Minsk”.
As regiões separatistas do país apoiadas pela Rússia, por sua vez, acusaram as forças ucranianas de bombardear áreas residenciais sob controle dos rebeldes.
Os acordos de Minsk dizem que ambos os lados devem retirar armas pesadas das linhas de frente.
Na última quinta (17), forças armadas ucranianas e separatistas que controlam partes do leste da Ucrânia relataram novos bombardeios na região de Donbas, onde uma escola infantil do jardim de infância foi atingida por uma bomba.
Clima de tensão em regiões separatistas da Ucrânia
Uma alta sirene de alerta soou no centro da cidade de Donetsk, no leste da Ucrânia, nesta sexta-feira (18), depois que um líder separatista apoiado pela Rússia na região anunciou a evacuação de moradores, disse uma testemunha da Reuters.
Além disso, o chefe da autodeclarada “República Popular de Luhansk”, a segunda região separatista do leste da Ucrânia, também anunciou a evacuação dos moradores. As pessoas começarão a ser retiradas de ônibus da autoproclamada “República Popular de Donetsk”.
Autoridades separatistas localizadas no leste da Ucrânia e apoiadas pela Rússia disseram que também nesta sexta-feira um jipe estacionado sem ninguém dentro explodiu perto de um prédio do governo no centro da cidade de Donetsk.
Uma agência de notícias da autoproclamada “República Popular de Donetsk” pediu aos moradores que mantenham a calma e não se movimentem pela cidade. Não há relatos de feridos na explosão.
Uma testemunha da agência de notícias Reuters disse que o jipe foi completamente destruído.
*Com informações de Polina Nikolskaya, Maria Kiselyova, Kazbek Basayev e Tom Balmforth, da Reuters