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    Ucrânia pede decisão “forte” da Otan em cúpula de Washington

    Kiev tenta avançar em seu objetivo estratégico de se juntar à aliança militar

    Tom Balmforthda Reuters

    A Ucrânia quer ver uma decisão “forte” tomada na cúpula da Otan em Washington no próximo mês, enquanto Kiev tenta avançar em seu objetivo estratégico de se juntar à aliança militar, disse à Reuters o conselheiro de política externa do presidente Volodymyr Zelensky.

    Ihor Zhovkva, que falou em uma entrevista antes de viajar para Luxemburgo para uma reunião da União Europeia que lançará formalmente as negociações de adesão para a Ucrânia, afirmou que Kiev quer que a cúpula da Otan termine com resultados concretos.

    “Acho que essa cúpula merece uma decisão forte, inclusive sobre a Ucrânia. Porque, quero dizer, se não houver decisões fortes sobre a Ucrânia, a cúpula será inútil”, disse ele em Kiev na segunda-feira (25).

    Ele não especificou o que achava que essa decisão implicaria.

    Zelensky, que fez lobby, sem sucesso, por um convite político para participar da cúpula de Vilnius no ano passado, disse que a cúpula deste ano deve resolver a questão de convidar Kiev.

    Embora o chefe da Otan, Jens Stoltenberg, e Washington tenham dito que não esperam que os 32 membros da aliança, na cúpula de 9 a 11 de julho, convidem Kiev para participar, Stoltenberg disse que espera mostrar que a Ucrânia está se aproximando da adesão.

    Os aliados têm discutido possíveis textos na declaração da cúpula que poderiam enviar esse sinal, como declarar que o caminho da Ucrânia para a Otan é “irreversível”.

    “Nós merecemos uma decisão forte. Qualquer decisão (da) Otan requer consenso. E todos nós sabemos disso, e entendemos que talvez desta vez o consenso seja formado novamente (no) último dia antes da cúpula”, declarou Zhovkva.

    Até o momento, não houve resposta oficial do governo ucraniano a uma reportagem da Reuters na terça-feira, segundo a qual assessores do candidato à Presidência dos EUA Donald Trump estão considerando dizer a Kiev que ela só receberá mais armas dos EUA se entrar em negociações de paz.

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