Ucrânia “não planeja usar” sistemas de lançamento múltiplo de foguetes dos EUA, diz assessor
Em um comunicado na quarta-feira (1), o presidente Joe Biden anunciou que os EUA enviariam sistemas avançados de foguetes para a Ucrânia
A Ucrânia está “travando uma guerra defensiva” e “não planeja atacar instalações na Rússia” com armas fornecidas pelos EUA, disse um assessor do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky na sexta-feira (3).
“Nossos parceiros sabem onde suas armas são usadas. Quaisquer alegações de tais intenções [de atacar a Rússia são] operações psicológicas dos serviços especiais russos”, disse o conselheiro, Mykhailo Podolyak, no Twitter, acrescentando que “a tarefa número um da Rússia hoje [é] minar a confiança entre a Ucrânia e a América”.
Em um comunicado na quarta-feira (1), o presidente Joe Biden anunciou que os EUA enviariam sistemas avançados de foguetes para a Ucrânia, incluindo o Sistema de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade, que possui munições capazes de lançar foguetes a cerca de 49 milhas – um alcance muito maior do que qualquer coisa que Kyiv tenha enviado até a presente data.
Reconhecendo que o Kremlin veria o carregamento como uma provocação – devido ao longo alcance dos mísseis e seu potencial para atingir o território russo – Biden alertou explicitamente que as armas só devem ser usadas pelas forças ucranianas defensivamente e dentro de suas fronteiras.
“Não buscamos uma guerra entre a Otan e a Rússia. Não estamos encorajando ou permitindo que a Ucrânia ataque além de suas fronteiras. Não queremos prolongar a guerra apenas para infligir dor à Rússia”, escreveu Biden em um editorial do New York Times na terça-feira (31), antes do anúncio.
O Reino Unido também concordou em enviar sistemas de foguetes de lançamento múltiplo para a Ucrânia em estreita coordenação com os EUA, enquanto as forças ucranianas continuam a se defender da ofensiva da Rússia.