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    Ucrânia já faz parte da Otan, mas há entraves para entrada oficial, diz professor

    À CNN Rádio, Gunther Rudzit afirmou que, ao final do conflito com a Rússia, a Ucrânia deve ser integrada à Organização

    Amanda Garciada CNN

    Na prática, a Ucrânia já faz parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte, na avaliação do professor de relações internacionais da ESPM Gunther Rudzit.

    Esta quarta-feira (12) é o segundo dia da cúpula da Otan, com participação do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

    “A Ucrânia já está lutando com equipamento e munição fornecidos pela Otan, esse é um fato consumado”, disse o professor à CNN Rádio.

    No entanto, ele fez a ressalva de que há dois problemas para efetivar a entrada ucraniana.

    De acordo com o estatuto da Otan, “um país que está em guerra não pode entrar, já que, por exemplo, a Ucrânia integrar a Organização neste momento significaria que todos os países entrariam no conflito com a Rússia.”

    “E todas as nações do mundo querem evitar aquilo que seria a Terceira Guerra Mundial”, completou.

    Além disso, há a necessidade de definir o que é paz, “se um cessar-fogo já seria suficiente ou se precisaria de um acordo de paz.”

    Ao mesmo tempo, Rudzit acredita que há a necessidade de se colocar a Ucrânia na Otan depois que acabar o conflito.

    “A Ucrânia já tem hoje o maior exército da Europa; para o Ocidente ter influência e controle, vai ter que colocá-la na organização.”

    Encontro de Zelensky e Biden

    A reunião do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e do mandatário ucraniano, Volodymyr Zelensky, para o professor, vai ser de “declaração de apoio incondicional” dos norte-americanos.

    No entanto, ele avalia que já há pressão para a Ucrânia aceitar negociação, “até porque o ano que vem é de eleição presidencial nos EUA e uma volta de Donald Trump, por exemplo, poderia significar a remoção do apoio à Ucrânia”.

    *Com produção de Bruna Sales

     

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