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    Ucrânia diz que mais de 100 soldados russos foram mortos em batalha de Kherson

    Comando sul disse ainda que sete tanques da Rússia foram destruídos em combates na sexta-feira (29)

    Jacob Gronholt-Pedersenda Reuters

    Militares ucranianos disseram, neste sábado (30), que mataram dezenas de soldados russos e destruíram dois depósitos de munição em combates na região de Kherson, o foco da contraofensiva de Kiev, no sul da Ucrânia, e um elo fundamental nas linhas de abastecimento de Moscou.

    O tráfego ferroviário para Kherson sobre o rio Dnipro foi cortado, disse o comando militar do sul, potencialmente isolando ainda mais as forças russas a oeste do rio de suprimentos na Crimeia ocupada e no leste.

    Autoridades de defesa e inteligência da Grã-Bretanha, que tem sido um dos aliados mais firmes da Ucrânia no Ocidente desde que a invasão russa começou em 24 de fevereiro, retrataram as forças russas como enfrentando dificuldades para manter a ofensiva.

    A Ucrânia usou sistemas de mísseis de longo alcance fornecidos pelo Ocidente para danificar três pontes sobre o Dnipro nas últimas semanas, isolando a cidade de Kherson e, na avaliação de militares britânicos, deixando o 49º Exército da Rússia estacionado na margem oeste do rio em uma posição altamente vulnerável.

    O comando do sul da Ucrânia disse que mais de 100 soldados russos foram mortos e sete tanques foram destruídos em combates na sexta-feira (29) nas regiões do sul de Kherson, Mykolaiv e Odessa.

    O primeiro vice-chefe do conselho regional de Kherson, Yuri Sobolevsky, disse aos moradores para ficarem longe dos depósitos de munição russos.

    “O exército ucraniano está jogando contra os russos e isso é apenas o começo”, escreveu Sobolevsky no aplicativo Telegram.

    O governador pró-ucraniano da região de Kherson, Dmytro Butriy, disse que o distrito de Berislav foi atingido com intensidade. Berislav fica do outro lado do rio a noroeste da usina hidrelétrica de Kakhovka.

    “Em algumas aldeias, nenhuma casa foi deixada intacta, toda a infraestrutura foi destruída, as pessoas estão vivendo em porões”, escreveu Butriy no Telegram.

    A Reuters não pôde verificar os relatórios de forma independente.

    Autoridades do governo nomeado pela Rússia que administra a região de Kherson rejeitaram no início desta semana as avaliações ocidentais e ucranianas da situação.

    O Ministério da Defesa do Reino Unido disse neste sábado que a Rússia provavelmente estabeleceu duas pontes flutuantes e um sistema de balsas para compensar as pontes danificadas em ataques ucranianos.

    Autoridades russas instaladas em territórios ocupados no sul da Ucrânia possivelmente estão se preparando para realizar referendos sobre a adesão das regiões à Rússia no final deste ano e “provavelmente coagindo a população a divulgar detalhes pessoais para compor registros de votação”, acrescentou.

    Na sexta-feira, o ministério britânico descreveu o governo russo como “desesperado”, tendo perdido dezenas de milhares de soldados na guerra. O chefe da agência britânica de espionagem MI6, Richard Moore, acrescentou no Twitter que a Rússia está “perdendo força”.

     

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