Trump vai ao muro com México e diz que liberdade de expressão está em risco
Presidente criticou o processo de impeachment contra ele, que chamou de 'farsa' e 'caça às bruxas'
Em sua reta final no cargo de presidente dos Estados Unidos, Donald Trump foi ao Texas nesta terça-feira (12) para participar da inauguração de um novo trecho do muro na fronteira entre o território americano e o México.
Banido de todas as principais redes sociais após a invasão ao Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos, o presidente americano se disse limitado na expressão. “Eu gostaria de dizer que a liberdade de expressão está sobre grave ameaça”, disse.
Donald Trump é, neste momento, alvo de um pedido de impeachment, que será votado na Câmara dos Deputados a partir desta quarta-feira (13). Acusado de incentivar a insurreição, Trump disse ser contra qualquer ato de violência.
“Nós acreditamos e respeitamos as tradições. Acreditamos no Estado de Direito e não na violência”, afirmou o presidente.
Presidente Donald Trump discursa durante visita ao Texas, nos Estados Unidos
Foto: CNN (12.jan.2021)
“É hora da paz e da calma. Respeitar as forças policiais e as pessoas maravilhosas das forças policiais. Essas pessoas são a fundação da América Grande. Somos a nação da Lei e da Ordem”, completou.
Ideologia e transição
Nos últimos dias, o presidente Donald Trump mudou o discurso de que o futuro da Casa Branca estava em aberto, conforme ele seguia apostando na reversão da vitória do presidente eleito Joe Biden na votação de 3 de novembro.
Ao visitar o muro na fronteira com o México, uma das suas grandes bandeiras de campanha, Trump segue utilizando a reta final do seu mandato para cumprir eventos e adotar medidas de conotação ideológica.
Na visita à construção de concreto e aço em Alamo, no Texas, o atual presidente falou em “governo Biden” e enfatizou que o democrata não poderá desfazer a obra. “O próximo governo não pode nem pensar em derrubar esse muro. Eu não acredito que isso vá acontecer”, disse Trump.
Na segunda-feira (11), o Departamento de Estado adotou outra medida de interesse da ala mais à direita do Partido Republicano, a reinclusão de Cuba na lista de nações financiadoras do terrorismo, o que limita as relações americanas com o regime comunista da ilha.