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    Trump rebate críticas a indicada para Suprema Corte e diz confiar em aprovação

    Opositores atacaram conservadorismo católico de Amy Coney Barrett, o que, para Trump, é "inacreditável"

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursa ao lado da juíza Amy Coney Barrett
    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursa ao lado da juíza Amy Coney Barrett Foto: CNN

    Juliana Elias, da CNN, em São Paulo

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rebateu neste domingo (27) as críticas feitas a sua indicada para a Suprema Corte dos Estados Unidos, Amy Coney Barrett, por conta de sua religião. Coney é católica, enquanto a maior parte do país é protestante, e sustenta uma visão conservadora, o que rendeu críticas de opositores pela possibilidade de deixar suas crenças religiosas interferirem em suas decisões. 

    “Notamos alguns comentários feitos na mídia sobre a minha indicada altamente qualificada. Eu achava que essa questão religiosa já estava resolvida há 60 anos, quando JFK [o presidente John F. Kennedy, católico] foi eleito”, disse Trump. 

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    “Eu estarei ao lado dela, vou lutar com ela, e vamos fazer com que esses ataques parem. Criticar qualquer religião é inacreditável.”

    O nome da juíza Amy Coney Barrett foi anunciado por Trump no sábado (26) para substituir Ruth Bader Ginsburg, falecida em 18 de setembro, na Suprema Corte dos Estados Unidos. A vaga deu a Trump a brecha de colocar um terceiro nome seu, de viés conservador, na Casa. 

    O nome de Barrett ainda precisa passar por audiências públicas no Senado e depois por duas votações, uma da Comissão de Justiça e outra no plenário.

    Enquanto isso, os Democratas, partido do opositor de Trump nas eleições, Joe Biden, tentam encontrar formas de impedir a posse. Eles acusando a indicação como uma manobra de Trump para conseguir um voto adicional em votações da Suprema Corte contra o Obamacare, programa de saúde feito durante o governo de Barack Obama.

    Durante a coletiva, Trump disse estar confiante da confirmação de Barrett para a vaga. “Acho que ela se sairá muito bem e estamos avançando rapidamente”, disse. 

    Para Trump, os comentários sobre as posições religiosas de Barrett estão sendo usados pelos Democratas “para tirar o foco da verdadeira questão, que é o fato de o partido deles estar sendo tomado por socialistas, extremistas e provavelmente até comunistas”, disse o presidente. 

    Acusação de sonegação 

    Perguntado sobre as acusações divulgadas pouco antes pelo site do jornal The New York Times, de que não pagou imposto de renda por anos, Trump disse que que se trata de “notícias totalmente falsas”. 

    De acordo com a reportagem, Trump não pagou o imposto em 10 dos últimos 15 anos. Em um deles, 2016, quando foi eleito, o presidente e megaempresário pagou apenas US$ 750. 

    “Eu pago imposto. Eu pago muito imposto e muitos impostos estaduais inclusive”, disse. Perguntado quanto paga, Trump não informou e disse que suas contas junto à IRS, a autoridade tributária do país, estão sob revisão, e que por essa razão não pode divulgá-las. “Elas estão sob auditoria e, quando não estiverem mais, eu faço questão de mostrá-las”, afirmou.