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    Trump é forte na base – e este é o seu problema

    Pesquisa de boca de urna apontam que esforço do presidente para agradar republicanos minou sua popularidade com eleitores independentes para pleito de 2020

    Harry Enten, da CNN*

    Uma nova pesquisa nacional da Universidade de Monmouth constatou que o ex-vice-presidente Joe Biden lidera a corrida presidencial com apoio de 52% dos eleitores contra 41% do presidente Donald Trump. A vantagem de Biden é confirmada por uma pesquisa da NBC News/Wall Street Journal divulgada no dia 7 de junho, colocando Biden com 49% dos votos contra 42% de Trump.

    Ambas as pesquisas também mostram Trump com uma liderança substancial entre aqueles que se declaram republicanos: 93% para 5% de Biden (Monmouth) e 92% para 4% (NBC News/Wall Street Journal).

    Durante sua presidência, Trump fez uma aposta alta no sentido de satisfazer a base republicana, e as pesquisas indicam que esse esforço está claramente compensando. Sua base não o está abandonando, mesmo que os números gerais permaneçam fracos.

    O problema de Trump é que ele praticamente esgotou esse reserva de apoio.

    Confira todas as pesquisas eleitorais com Trump e Biden 

    Depois de fazer um grande esforço para aumentar a pontuação nas primárias basicamente sem nenhuma competição, Trump está ganhando um pouco menos de 95% dos votos primários republicanos no total. Vai ser difícil para ele ir muito além disso.

    De fato, Trump tem maior apoio entre os eleitores republicanos agora do que qualquer republicano desde pelo menos 2000, algo que pode ser verificado na pesquisa da ABC News / Washington Post. Nesse levantamento, assim como nos da Monmouth e do NBC/Wall Street Journal, o presidente tem quase 95% (94%), enquanto Biden fica com apenas 4%.

    Nesse mesmo momento da campanha no ano 2000, nenhum republicano tinha mais de 91% da intenção de votos dos republicanos nas pesquisas da ABC. A média dos republicanos era de 84%. Na época, a estratégia de agradar à base em primeiro lugar para ganhar as eleições fazia muito mais sentido do que agora, na era Trump.

    (A natureza histórica desses números se mantém se incluirmos os independentes que são republicanos.)

    Talvez Trump acredite que não precisa mudar suas estratégias porque desconsiderou o conselho da maioria das pessoas e ainda venceu em 2016. Isso é um erro. Além do fato de que há boas evidências de que Trump teve um desempenho muito mais próximo de uma linha moderada do que aquela em que ele próprio fala, o presidente teve muito mais espaço para crescer com a base em 2016. Na mesma pesquisa da ABC News/Washington feita neste ponto da eleição no pleito passado, ele contava com a intenção de apenas 74% dos republicanos – a menor de todos os republicanos desde 2000.

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    Trump é fraco fora da base republicana. Na pesquisa ABC/Washington Post (os números são semelhantes para Monmouth e NBC News/Wall Street Journal), Trump está em 39% entre os independentes e em 3% entre os democratas. Ambos são mais baixos do que qualquer republicano neste momento nas pesquisas da ABC News/Washington Post que datam de 2000.

    Em outras palavras, existe muito mais apoio potencial ao atual presidente fora da base republicana central. No entanto, ele não parece interessado em fazer o esforço.

    Se Trump não mudar as coisas, ele pode achar que a base do outro lado é maior que a dele. O democrata Joe Biden está ganhando uma fatia maior dos democratas em uma média de pesquisas feitas ao vivo (incluindo uma pesquisa NPR/PBS News Hour/Marist College) nesta semana (94%) do que Trump está ganhando republicanos (92%). A pesquisa média, como acontece em quase todos os anos, registrou mais democratas do que republicanos nos Estados Unidos.

    Ao manter sua estratégia de priorizar a base, Trump acredita que não ficará desprotegido. No entanto, ele vai descobrir que, de fato, acumular a coalizão necessária para vencer será extremamente difícil.

    * Este texto foi atualizado para incluir resultados de uma pesquisa da NBC News/Wall Street Journal publicada no domingo (07). 

    (Texto traduzido da CNN Internacional, clique aqui para ler o original em inglês)

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