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    Tropas do Sri Lanka derrubam acampamento de protesto em frente ao gabinete do presidente

    Manifestantes contra o governo foram removidos à força em uma ação realizada pela polícia e tropas militares do país

    Forças de Defesa patrulham perto do gabinete presidencial em Colombo, no Sri Lanka, em 22 de julho
    Forças de Defesa patrulham perto do gabinete presidencial em Colombo, no Sri Lanka, em 22 de julho Foto: Pradeep Dambarage/NurPhoto/Getty Images

    Rukshana RizwieAkanksha SharmaKunal SeghalKathleen Magramoda CNN

    em Colombo

    A polícia e tropas militares do Sri Lanka removeram à força manifestantes contra o governo acampados do lado de fora do gabinete presidencial em Colombo em uma operação antes do amanhecer nesta sexta-feira (22), por ordem do novo presidente do país.

    Publicações nas redes sociais mostram policiais vestidos com equipamentos antimotim derrubando barracas de protesto e prendendo manifestantes do lado de fora dos escritórios presidenciais em Galle Face, dois dias depois que o país atingido pela crise empossou um novo líder.

    O ex-primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe foi empossado oficialmente como presidente do país na quarta-feira (20) e emitiu um “Diário Extraordinário” pedindo às forças armadas que mantenham a ordem pública.

    O porta-voz da polícia Nihal Thalduwa confirmou que nove homens foram presos e comparecerão ao tribunal na sexta-feira.

    Manifestantes acampam do lado de fora do gabinete presidencial há meses, exigindo a renúncia do ex-presidente Gotabaya Rajapaksa, que fugiu do país nas primeiras horas de 13 de julho, e Wickremesinghe, um importante aliado de Rajapksa.

    Ambos os homens presidiram uma crise econômica que deixou os 22 milhões de habitantes do país lutando para comprar combustível, alimentos e itens de necessidades básicas.

    Na sexta-feira, Wickremesinghe empossou Dinesh Gunawardena, outro aliado de Rajapaksa, como primeiro-ministro. Wickremesinghe e Gunawardena eram colegas de classe na elite do Royal College de Colombo.

    Uma equipe da CNN na capital confirmou que a situação nas ruas estava calma após o confronto matinal, mas uma forte presença militar e policial permaneceu dentro e ao redor do principal local de protesto.

    Todas as estradas e pistas que levam à área foram isoladas e ocupadas por forças de segurança.

    As forças armadas agora guardam a entrada da Secretaria Presidencial e parecem ter controle total do prédio. As faixas que estavam penduradas no topo da secretaria também foram removidas.

    Alguns observadores levantaram preocupações sobre o nível de força usado no ataque.

    A Ordem dos Advogados do Sri Lanka também disse em comunicado que “fortemente e sem reservas” condena “o uso da força e da violência” pelas autoridades “no ataque aos manifestantes”.

    A Comissão de Direitos Humanos do Sri Lanka também condenou o confronto, chamando-o de “ataque brutal e desprezível a manifestantes pacíficos” e uma “total violação dos direitos fundamentais do povo”.

    Diplomatas americanos e britânicos também expressaram preocupação.

    “Pedimos contenção por parte das autoridades e acesso imediato a atendimento médico para os feridos”, publicou no Twitter a embaixadora dos Estados Unidos no Sri Lanka, Julie Chung.

    A alta comissária britânica para o Sri Lanka, Sarah Hulton, estava “muito preocupada” com os relatos de uma repressão no local do protesto. “Deixamos claro a importância do direito ao protesto pacífico”, acrescentou.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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