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    Tribunal russo mantém prisão de francês acusado de espionagem

    Laurent Vinatier teria coletado informações militares sigilosas

    Maxim Rodionovda Reuters

    Um tribunal russo decidiu nesta quinta-feira (4) manter a prisão preventiva de Laurent Vinatier, um pesquisador francês acusado de coletar informações militares ilegalmente, informou o serviço de imprensa dos tribunais de Moscou.

    Vinatier, um especialista na antiga União Soviética com longa experiência de trabalho na Rússia, enfrenta acusações de aquisição ilegal de informações militares russas sensíveis que poderiam beneficiar serviços de inteligência estrangeiros. O crime acarreta pena máxima de cinco anos de prisão.

    Na quarta-feira (3), o Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia disse que Vinatier, 47, se declarou culpado durante o interrogatório.

    Vinatier foi citado pela agência de notícias estatal RIA nesta quinta-feira, dizendo em sua audiência de apelação que nunca agiu contra a Rússia, um país que ele teria dito que amava.

    “Eu amo a Rússia. Minha esposa é russa, meus amigos estão todos em Moscou. Minha vida está ligada à Rússia”, disse ele ao tribunal.

    Vinatier foi mostrado no mês passado na TV estatal sendo preso em um restaurante no centro de Moscou por oficiais mascarados do FSB.

    A prisão de Vinatier, que se junta a um número crescente de cidadãos ocidentais detidos na Rússia, foi vista pelos diplomatas ocidentais como um sinal ao presidente francês, Emmanuel Macron, que apelou repetidamente aos líderes europeus para que intensificassem o seu apoio à Ucrânia à medida que as forças russas avançam.

    Macron negou que Vinatier, funcionário do Centro para o Diálogo Humanitário (HD), um grupo de mediação de conflitos com sede na Suíça, tenha trabalhado para o Estado francês.

    Ele descreveu a prisão como parte de uma campanha de desinformação de Moscou e apelou à Rússia para libertar Vinatier.

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