Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Tribunal israelense decide manter proibição à emissora Al Jazeera

    Corte corrobora decisão do governo de Benjamin Netanyahu que proibiu atuação da emissora em solo israelense

    Escritório da Al Jazeera de Ramallah, na Cisjordânia
    Escritório da Al Jazeera de Ramallah, na Cisjordânia RAMALLAH, CISJORDÂNIA/ JERUSALEM - REUTERS / GPO HANDOUT

    Steven ScheerAri Rabinovitchda Reuters

    Um tribunal israelense manteve na quarta-feira (5) a proibição de 35 dias às operações da Al Jazeera em Israel imposta pelo governo por motivos de segurança nacional. Um dos ministros disse que espera estender a proibição por mais 45 dias, quando ela terminar no sábado.

    As autoridades israelenses invadiram um quarto de hotel em Jerusalém usado pela Al Jazeera como escritório em 5 de maio e disseram que iriam encerrar a operação durante a guerra de Gaza, acusando a emissora de encorajar hostilidades contra Israel.

    A Al Jazeera rejeitou as acusações como uma “mentira perigosa e ridícula” que colocava em risco os seus jornalistas.

    A decisão do tribunal desta quarta-feira aprovou retroativamente uma proibição de 35 dias até 8 de junho.

    O juiz do Tribunal Distrital de Tel Aviv, Shai Yaniv, disse ter recebido provas, que não especificou, de um relacionamento próximo e de longa data entre o grupo islâmico palestino Hamas e a emissora Al Jazeera, apoiada pelo Catar, acusando o canal de promover os objetivos do Hamas.

    “A liberdade de expressão tem uma importância especial em tempos de guerra. No entanto, quando há danos significativos à segurança do Estado, esta última consideração vem em primeiro lugar”, escreveu ele.

    A Al Jazeera, que criticou as operações militares de Israel em Gaza, de onde fez reportagens durante a guerra, disse ao tribunal que não incitou a violência ou o terrorismo e que a proibição era desproporcional, de acordo com documentos judiciais.

    Quanto à alegação de laços com o Hamas, disse que os seus jornalistas tinham uma vasta gama de fontes confidenciais, tanto do lado israelense como do palestino.

    O canal acusou Israel de matar deliberadamente vários dos seus jornalistas em Gaza. Israel diz que não tem como alvo jornalistas.

    Os provedores israelenses de televisão por satélite e a cabo suspenderam as transmissões da Al Jazeera seguindo as instruções do governo de 5 de maio. O ministro das Comunicações disse na quarta-feira que pretendia estender a proibição por mais 45 dias.

    O escritório de direitos humanos das Nações Unidas e os Estados Unidos criticaram o encerramento da operação da Al Jazeera em Israel.

    O Catar, onde estão baseados vários líderes políticos do Hamas, tenta mediar um cessar-fogo e um acordo de libertação de reféns que poderá pôr fim à guerra em Gaza.