Justiça do Equador decide por continuidade do processo de impeachment contra presidente Lasso
Guillermo Lasso é acusado por suposta corrupção em empresas estatais e pela conexão com possíveis crimes contra a segurança do Estado e a administração pública
O Tribunal Constitucional do Equador determinou, nesta quarta-feira (30), a continuidade das audiências de impeachment contra o presidente Guillermo Lasso, solicitadas por parlamentares da oposição por suposta corrupção em empresas estatais.
A decisão pode tornar mais provável que Lasso dissolva a assembleia e convoque eleições antecipadas para seu cargo e assentos de parlamentares.
Lasso nega veementemente as acusações.
Entenda o caso
No início deste mês, parlamentares apoiaram um relatório acusando Lasso de conexões com possíveis crimes contra a segurança do Estado e a administração pública, em meio a investigações do gabinete do procurador-geral sobre supostos subornos em empresas estatais.
Os congressistas também votaram para retirar o sigilo de arquivos relacionados a investigações de corrupção em busca de evidências para sustentar a tentativa de impeachment, mas nem Lasso, nem nenhum de seus familiares apareceram nos documentos.
O pedido formal, apresentado por um parlamentar do partido do ex-presidente Rafael Correa, teve 59 assinaturas de apoio.
“Nesta acusação será demonstrado como o presidente Guillermo Lasso Mendoza participou de uma estrutura de corrupção para obter benefícios para si e para os outros”, disse o pedido.
Em comunicado, o governo rejeitou o esforço.
“Este pedido carece completamente de elementos políticos e legais que sustentariam um processo contra o presidente”, disse o governo, acrescentando que o esforço é uma tentativa de “desestabilização” por parte da assembleia.
Os proponentes precisam da aprovação da corte constitucional para que um julgamento de impeachment ocorra.