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    Justiça do Equador decide por continuidade do processo de impeachment contra presidente Lasso

    Guillermo Lasso é acusado por suposta corrupção em empresas estatais e pela conexão com possíveis crimes contra a segurança do Estado e a administração pública

    Alexandra Valenciada Reuters

    O Tribunal Constitucional do Equador determinou, nesta quarta-feira (30), a continuidade das audiências de impeachment contra o presidente Guillermo Lasso, solicitadas por parlamentares da oposição por suposta corrupção em empresas estatais.

    A decisão pode tornar mais provável que Lasso dissolva a assembleia e convoque eleições antecipadas para seu cargo e assentos de parlamentares.

    Lasso nega veementemente as acusações.

    Entenda o caso

    No início deste mês, parlamentares apoiaram um relatório acusando Lasso de conexões com possíveis crimes contra a segurança do Estado e a administração pública, em meio a investigações do gabinete do procurador-geral sobre supostos subornos em empresas estatais.

    Os congressistas também votaram para retirar o sigilo de arquivos relacionados a investigações de corrupção em busca de evidências para sustentar a tentativa de impeachment, mas nem Lasso, nem nenhum de seus familiares apareceram nos documentos.

    O pedido formal, apresentado por um parlamentar do partido do ex-presidente Rafael Correa, teve 59 assinaturas de apoio.

    “Nesta acusação será demonstrado como o presidente Guillermo Lasso Mendoza participou de uma estrutura de corrupção para obter benefícios para si e para os outros”, disse o pedido.

    Em comunicado, o governo rejeitou o esforço.

    “Este pedido carece completamente de elementos políticos e legais que sustentariam um processo contra o presidente”, disse o governo, acrescentando que o esforço é uma tentativa de “desestabilização” por parte da assembleia.

    Os proponentes precisam da aprovação da corte constitucional para que um julgamento de impeachment ocorra.

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