Tribunal colombiano determina prisão domiciliar de presidente
Segundo a Corte Superior de Ibagué, o chefe de Estado não cumpriu uma determinação para proteger um parque nacional
Um tribunal da Colômbia determinou, neste sábado (4), a prisão domiciliar do presidente do país, Ivan Duque. Segundo a decisão, ele deve ficar cinco dias em cárcere, por não ter cumprido uma ordem judicial que exigia que ele protegesse um parque nacional.
Especialistas dizem que a ordem do tribunal de Ibagué, capital da província colombiana de Tolima, não tem chance de ser cumprida. O presidente da Colômbia só pode ser acusado e investigado por uma comissão legislativa especial e só pode ser julgado pelo Congresso do país.
Segundo o tribunal, o presidente não adotou medidas para proteger o parque nacional de Los Nevados, conforme ordenado pela Suprema Corte da Colômbia em 2020, disse o tribunal superior de Ibagué em comunicado explicando sua decisão.
O tribunal também impôs uma multa ao presidente de cerca de US$ 4.000 e ordenou que ele criasse uma unidade especial de policiais ou militares para ajudar a realizar trabalhos de conservação no parque.
O presidente insistiu que seu governo protegeu os parques naturais da Colômbia e cumpriu a ordem judicial para conservar o parque nacional de Los Nevados.
“Vimos uma decisão inicial inexplicável”, disse Duque em um vídeo compartilhado nas redes sociais, chamando a decisão judicial de inconstitucional e insistindo que a ordem do Supremo já havia sido cumprida.
Provas que demonstram o cumprimento de Duque à ordem da Suprema Corte foram enviadas ao tribunal em Ibagué, mas foram ignoradas, disse o ministro da Justiça, Wilson Ruiz, em um comunicado em vídeo enviado a jornalistas.
*Reportagem de Luis Jaime Acosta e Oliver Griffin; Edição de David Gregorio