Traição a Diana e doações polêmicas: relembre controvérsias do rei Charles III
Com a morte de rainha Elizabeth II na quinta-feira (8), Charles assumiu imediatamente o trono britânico
![Charles será o monarca mais velho coroado Charles será o monarca mais velho coroado](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2022/09/GettyImages-1243022152.jpg?w=1024&h=674&crop=1)
Com a morte da rainha Elizabeth II, seu filho Charles tornou-se imediatamente o novo rei do trono britânico. Aos 73 anos, ele será o monarca mais velho a ser coroado na história da nação.
Charles já estava assumindo alguns dos compromissos da rainha este ano em virtude dos problemas de mobilidade de sua mãe. Em maio, substituiu a matriarca na abertura do Parlamento Britânico.
Tido como impopular e pouco carismático por especialistas, o rei Charles III já protagonizou diversas polêmicas. Relembre algumas delas:
Traição à princesa Diana
Charles e Diana se casaram em 1981, dando início a um dos matrimônios mais acompanhados pela imprensa de toda a história. No dia da celebração, a estimativa é de que mais de 700 milhões de pessoas tenham estado em frente às televisões assistindo à cerimônia.
Mas, apesar das imagens sugerirem uma união de contos de fadas, a realidade era um casamento repleto de dificuldades. Quando se divorciaram oficialmente, em 1996, ambos admitiram terem cometido adultério.
Em uma entrevista anterior à separação, o então príncipe Charles chegou a dizer que nunca amou sua esposa.
Um dos pontos centrais na trama, entretanto, foi o romance extraconjugal de longa data que Charles manteve com Camilla Parker-Bowle, agora rainha consorte. A própria princesa salientava a culpa de Camilla pelo que se deu com seu relacionamento.
Diante da popularidade de Lady Di, conhecida como “princesa do povo”, Camilla passou a ser retratada pela mídia como a mulher mais odiada da Grã-Bretanha.
Anos após o divórcio — e a morte de Diana, em 1997 — Charles e Camilla finalmente se casaram, em 2005. A nova integrante da realeza deixou claro que pretendia ser conhecida no futuro apenas como “princesa consorte”, apesar de ter direito ao título de rainha.
O gesto era visto como reconhecimento da sensibilidade em torno de um título que era destinado à Diana.
No entanto, em fevereiro deste ano, durante a comemoração do Jubileu de Platina, que marcou 70 anos do reinado de Elizabeth II, a rainha deu a benção para que Camilla algum dia se tornasse “rainha consorte”.
“Quando, no devido tempo, meu filho Charles se tornar rei, eu sei que vocês darão a ele e a sua esposa Camilla o mesmo apoio que me deram”, escreveu Elizabeth II em uma mensagem.
- 1 de 6Estátua da princesa Diana no jardim do Palácio de Kensington Crédito: Dominic Lipinski - WPA Pool/Getty Images (1º.jul.2021)
- 2 de 6Príncipes William e Harry inauguram estátua da princesa Diana no Palácio de Kensington Crédito: Dominic Lipinski - WPA Pool/Getty Images (1º.jul.2021)
- 3 de 6Príncipes William e Harry inauguram estátua da princesa Diana Crédito: Dominic Lipinski - WPA Pool/Getty Images (1º.jul.2021)
- 4 de 6Princípe Harry e príncipe William inauguram estátua da princesa Diana Crédito: Dominic Lipinski - WPA Pool/Getty Images (1º.jul.2021)
- 5 de 6Príncipe William e príncipe Harry caminham no Sunken Garden do Palácio de Kensington Crédito: Yui Mok - WPA Pool/Getty Images (1º.jul.2021)
- 6 de 6A princesa Diana Crédito: Tim Graham Photo Library/Getty Images
Doações polêmicas
Recentemente, o nome do rei Charles III voltou às notícias envolvido em uma polêmica. Em julho, o jornal Sunday Times informou que o príncipe Charles aceitou uma doação de £ 1 milhão de Bakr bin Laden e Shafiq bin Laden — meio-irmãos de Osama bin Laden — para o Fundo de Caridade do Príncipe de Gales (PWCF).
A CNN apurou que a Clarence House saiu em defesa de Charles, contestando a informação e afirmando que a decisão de aceitar o dinheiro foi tomada pelos curadores da instituição de caridade, e não pelo atual rei.
“O Fundo de Caridade do Príncipe de Gales nos garantiu que a devida diligência foi realizada ao aceitar esta doação”, disse o comunicado da Clarence House. “A decisão de aceitar foi tomada apenas pelos curadores da instituição de caridade e qualquer tentativa de caracterizá-la de outra forma é falsa”.
Semanas antes, o jornal Sunday Times informou também que Charles havia aceitado doações de caridade na forma de dinheiro do xeque Hamad bin Jassim bin Jaber Al Thani, ex-primeiro-ministro do Catar, entre 2011 e 2015. A Clarence House também contestou os detalhes do relatório e disse que foram seguidos os “processos corretos” em termos de aceitação da doação.
Trocas por honraria
No ano passado, o assessor mais antigo e mais próximo do rei Charles, Michael Fawcett, renunciou ao cargo de chefe da Fundação do Príncipe em meio a um escândalo envolvendo supostas trocas de dinheiro por honrarias.
As acusações apontavam que Fawcett usou sua posição e influência para ajudar a garantir um título honorário e cidadania britânica para um empresário saudita em troca de doações.
A instituição de caridade ligada ao príncipe lançou uma investigação sobre as alegações, com Charles negando conhecer o suposto esquema de oferta de honras em troca de doações, com um porta-voz da Clarence House dizendo à CNN que o príncipe apoiava totalmente o inquérito em andamento.
*Com informações de Max Foster, Lauren Said-Moorhouse e Xiaofei Xu, da CNN