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    Traição a Diana e doações polêmicas: relembre controvérsias do rei Charles III

    Com a morte de rainha Elizabeth II na quinta-feira (8), Charles assumiu imediatamente o trono britânico

    Charles será o monarca mais velho coroado
    Charles será o monarca mais velho coroado Jane Barlow - WPA Pool/Getty Images

    Renata Souzada CNN

    em São Paulo

    Com a morte da rainha Elizabeth II, seu filho Charles tornou-se imediatamente o novo rei do trono britânico. Aos 73 anos, ele será o monarca mais velho a ser coroado na história da nação.

    Charles já estava assumindo alguns dos compromissos da rainha este ano em virtude dos problemas de mobilidade de sua mãe. Em maio, substituiu a matriarca na abertura do Parlamento Britânico.

    Tido como impopular e pouco carismático por especialistas, o rei Charles III já protagonizou diversas polêmicas. Relembre algumas delas:

    Traição à princesa Diana

    Charles e Diana se casaram em 1981, dando início a um dos matrimônios mais acompanhados pela imprensa de toda a história. No dia da celebração, a estimativa é de que mais de 700 milhões de pessoas tenham estado em frente às televisões assistindo à cerimônia.

    Mas, apesar das imagens sugerirem uma união de contos de fadas, a realidade era um casamento repleto de dificuldades. Quando se divorciaram oficialmente, em 1996, ambos admitiram terem cometido adultério.

    Em uma entrevista anterior à separação, o então príncipe Charles chegou a dizer que nunca amou sua esposa.

    Um dos pontos centrais na trama, entretanto, foi o romance extraconjugal de longa data que Charles manteve com Camilla Parker-Bowle, agora rainha consorte. A própria princesa salientava a culpa de Camilla pelo que se deu com seu relacionamento.

    Diante da popularidade de Lady Di, conhecida como “princesa do povo”, Camilla passou a ser retratada pela mídia como a mulher mais odiada da Grã-Bretanha.

    Anos após o divórcio — e a morte de Diana, em 1997 — Charles e Camilla finalmente se casaram, em 2005. A nova integrante da realeza deixou claro que pretendia ser conhecida no futuro apenas como “princesa consorte”, apesar de ter direito ao título de rainha.

    O gesto era visto como reconhecimento da sensibilidade em torno de um título que era destinado à Diana.

    No entanto, em fevereiro deste ano, durante a comemoração do Jubileu de Platina, que marcou 70 anos do reinado de Elizabeth II, a rainha deu a benção para que Camilla algum dia se tornasse “rainha consorte”.

    “Quando, no devido tempo, meu filho Charles se tornar rei, eu sei que vocês darão a ele e a sua esposa Camilla o mesmo apoio que me deram”, escreveu Elizabeth II em uma mensagem.

    Doações polêmicas

    Recentemente, o nome do rei Charles III voltou às notícias envolvido em uma polêmica. Em julho, o jornal Sunday Times informou que o príncipe Charles aceitou uma doação de £ 1 milhão de Bakr bin Laden e Shafiq bin Laden — meio-irmãos de Osama bin Laden — para o Fundo de Caridade do Príncipe de Gales (PWCF).

    A CNN apurou que a Clarence House saiu em defesa de Charles, contestando a informação e afirmando que a decisão de aceitar o dinheiro foi tomada pelos curadores da instituição de caridade, e não pelo atual rei.

    “O Fundo de Caridade do Príncipe de Gales nos garantiu que a devida diligência foi realizada ao aceitar esta doação”, disse o comunicado da Clarence House. “A decisão de aceitar foi tomada apenas pelos curadores da instituição de caridade e qualquer tentativa de caracterizá-la de outra forma é falsa”.

    Semanas antes, o jornal Sunday Times informou também que Charles havia aceitado doações de caridade na forma de dinheiro do xeque Hamad bin Jassim bin Jaber Al Thani, ex-primeiro-ministro do Catar, entre 2011 e 2015. A Clarence House também contestou os detalhes do relatório e disse que foram seguidos os “processos corretos” em termos de aceitação da doação.

    Trocas por honraria

    No ano passado, o assessor mais antigo e mais próximo do rei Charles, Michael Fawcett, renunciou ao cargo de chefe da Fundação do Príncipe em meio a um escândalo envolvendo supostas trocas de dinheiro por honrarias.

    As acusações apontavam que Fawcett usou sua posição e influência para ajudar a garantir um título honorário e cidadania britânica para um empresário saudita em troca de doações.

    A instituição de caridade ligada ao príncipe lançou uma investigação sobre as alegações, com Charles negando conhecer o suposto esquema de oferta de honras em troca de doações, com um porta-voz da Clarence House dizendo à CNN que o príncipe apoiava totalmente o inquérito em andamento.

    *Com informações de Max Foster, Lauren Said-Moorhouse e Xiaofei Xu, da CNN