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    Tragédia humanitária em Gaza pressiona Joe Biden, diz professor

    À CNN Rádio, Augusto Teixeira, professor de Relações Internacionais da UFPB e professor visitante no King's College de Londres, afirmou que cenas de horror contra civis palestinos incomodam o eleitorado do presidente americano

    Presidente norte-americano, Joe Biden, durante discurso à imprensa na Casa Branca, Washington
    Presidente norte-americano, Joe Biden, durante discurso à imprensa na Casa Branca, Washington REUTERS/Leah Millis

    Ricardo Gouveiada CNN

    São Paulo

    Depois de tomar medidas imediatas de apoio a Israel, como o envio de porta-aviões, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enfrenta um dilema entre seu eleitorado democrata.

    Tanto que o secretário americano de Estado, Antony Blinken, viajou para Israel para conversar nesta sexta-feira (3) com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu sobre as ofensivas contra a Faixa de Gaza.

    Além da crescente condenação internacional às mortes de civis durante a resposta israelense contra o Hamas, Joe Biden enfrenta oposição entre os americanos, na avaliação de Augusto Teixeira, professor de Relações Internacionais da UFPB e professor Visitante no King’s College de Londres.

    “De certa forma isso afeta o público interno nos Estados Unidos, inclusive parte do público democrata, que foi responsável pela eleição do Biden”, ressaltou em entrevista à CNN Rádio, destacando os muçulmanos que vivem nos EUA.

    “É uma pressão que o Biden sofre, num contexto em que até o ex-presidente Barack Obama sinaliza a relevância da moderação do uso da força.”

    Mesmo sem aderir à defesa de um cessar-fogo, como os demais países do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), Joe Biden passou a pedir publicamente uma pausa humanitária para garantir suprimentos à população palestina em Gaza.

    O problema, segundo Augusto Teixeira, é que essa pausa está fora de cogitação para Israel.

    “Caso Antony Blinken consiga negociar isso de forma efetiva com Israel, será positivo como um ponto para o Biden na comunidade internacional e também mostrará uma sensibilidade israelense. Mas o problema é que uma pausa como essa, mesmo não sendo um cessar-fogo, dá tempo para o Hamas se reorganizar”, pondera.

    Teixeira alega que Israel quer sufocar Gaza porque o abastecimento de uma eventual ajuda humanitária poderia ser desviado por militantes do grupo islâmico. O professor também apontou que a criação de um corredor humanitário para levar refugiados ao Egito também está “fora do script” para o governo egípcio.

    Veja também: Equipe da CNN mostra tropas de Israel que avançarão em Gaza

    Com produção de Bel Campos.