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    Tom do Brasil sobre guerra da Ucrânia não é de neutralidade, dizem Estados Unidos 

    Secretária de Imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, criticou fala do chanceler brasileiro, Mauro Vieira, e diz que governo “erra” ao sugerir que os EUA estimulam prolongamento da guerra  

    Fábio Mendesda CNN

    Os Estados Unidos voltaram a se pronunciar com irritação ao posicionamento do governo brasileiro sobre a Guerra na Ucrânia. Na tarde desta terça-feira (18), a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, focou nas declarações do chanceler Mauro Vieira e afirmou que o tom de suas palavras “não é de neutralidade”.

    “Nós ficamos assustados com as declarações do chanceler brasileiro ontem. Não foi uma fala com tom de neutralidade”, disse. Ela frisou que é “um erro” dizer que EUA e União Europeia não têm interesse na paz.

    Jean-Pierre reforçou o discurso norte-americano de que o regime de Vladimir Putin é o único responsável pelo conflito. “Nenhum país arrastou a Rússia para a guerra. A Rússia escolheu iniciar esse conflito”.

    A secretária informou que, apesar do descontentamento da Casa Branca com as recentes declarações, os laços entre os dois países não estão estremecidos. “O Brasil é um país soberano e está tomando as suas próprias decisões, embora não concordemos. Mas estamos confiantes na força de nossas relações.”

    Ela também falou que os Estados Unidos e seus aliados têm se esforçado em ajudar a Ucrânia na defesa de seu território contra a Rússia e na tentativa de obter um acordo de paz duradouro. “Infelizmente a Rússia não estava interessada na paz”.

    O posicionamento da Casa Branca veio após o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, afirmar que o Brasil “quer promover a paz”. “O Brasil está pronto para discutir com um grupo de países, arregimentar um grupo de países ou se unir a um grupo de países que estejam dispostos a conversar”.

    Críticas

    O governo brasileiro foi alvo de várias críticas desde o último domingo, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que Ucrânia e Rússia eram responsáveis pela guerra e que EUA e UE ajudaram a prolongar o conflito.

    Nesta terça, o porta-voz da diplomacia ucraniana, Oleg Nikolenko, reforçou o convite para que o presidente Lula visite o país “a fim de compreender as reais razões e a essência da agressão russa”.

    O porta-voz de Segurança Nacional da Casa BrancaJohn Kirby, pontuou que o chefe de Estado brasileiro “está reproduzindo propaganda russa e chinesa” e que os comentários foram “simplesmente equivocados”.

    Peter Stano, porta-voz principal para Assuntos Externos da União Europeia, destacou que “os Estados Unidos e a União Europeia trabalham juntos, como parceiros de uma ajuda internacional. Estamos ajudando a Ucrânia em exercícios para legítima defesa”.

     

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