Todas as 3 pontes para Severodonetsk estão bloqueadas, diz líder da região de Luhansk
Destruição das pontes oferece vantagem aos militares russos pela interrupção de vias de abastecimento, diz militar Serhiy Hayday
Todas as três pontes que ligam a cidade de Severodonetsk com sua cidade gêmea Lysychansk a Oeste, na Ucrânia, agora estão intransitáveis para veículos, limitando severamente as opções de evacuação para aqueles que tentam fugir da cidade e rotas de abastecimento. As informações são do chefe da administração militar da região de Luhansk, Serhiy Hayday.
“As pontes permitiram transportar pelo menos alguma carga humanitária, algo relacionado a reservas. Atualmente é impossível usar as pontes”, disse Hayday.
Uma segunda das três pontes foi destruída no fim de semana. O escritório de Hayday explicou que a terceira ponte, que sofreu bombardeio contínuo, agora está intransitável para veículos.
A destruição das pontes dá aos militares russos outra vantagem, já que as linhas de abastecimento são interrompidas, disse Hayday. Conseguir armas e reservas agora é “difícil, mas não impossível”, disse ele.
Hayday disse que a viagem entre Severodonetsk e Lysychansk ainda é possível, mas não entrou em detalhes por razões de segurança.
“Lysychansk já está sendo bombardeada com muita força, com [armas de] grande calibre, eles estão destruindo tudo: tanto os quartéis-generais humanitários quanto os hospitais. Mas de Lysychansk ainda há uma oportunidade de evacuar as pessoas e recolher bens humanitários todos os dias”, disse ele.
Hayday também disse sobre Severodonetsk que as forças russas “realmente controlam a maior parte da cidade”, estimando cerca de 70% a 80%.
Mas ele negou as alegações da autodeclarada República Popular de Luhansk (LPR) de que Severodonetsk caiu, dizendo que “isso não é verdade”.
“Parte da cidade ainda é controlada por defensores ucranianos. Se eles tivessem controle total da cidade, os soldados russos não teriam morrido lá”, disse Hayday.
Hayday também disse que mesmo que as forças ucranianas recuperassem a cidade, seria impossível “restaurar completamente a infraestrutura antes do inverno. A única coisa possível é colocar radiadores que mantenham a temperatura quente nas barracas. E sim, tudo está quebrado. Com água, com eletricidade – haverá grandes problemas com tudo”.