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    Teste de míssil hipersônico dos EUA falha após “anomalia” em primeiro voo completo

    Segundo o Departamento de Defesa americano, o sistema de lançamento do projétil foi testado por inteiro pela primeira vez

    Oren Liebermannda CNN

    O último teste de uma arma hipersônica dos Estados Unidos falhou depois que uma “anomalia” ocorreu durante a primeira testagem do sistema completo, informou o Pentágono na quinta-feira (30/6).

    O teste, realizado no Pacific Missile Range Facility, no estado do Havaí, deveria lançar o Common Hypersonic Glide Body, programa de míssil hipersônico de longo alcance dos EUA, no topo de um propulsor de mísseis de dois estágios.

    O propulsor é projetado para lançar o míssil e acelerá-lo a velocidades hipersônicas superiores a Mach 5, ponto em que o corpo de deslizamento se desprende e usa sua velocidade para atingir o alvo. Foi a primeira vez que o sistema completo foi testado, chamado de teste All Up Round.

    A anomalia impediu o Departamento de Defesa de concluir todo o teste, mas o Pentágono disse que não foi um fracasso completo.

    “Embora o Departamento não tenha conseguido coletar dados sobre a totalidade do perfil de voo planejado, as informações coletadas deste evento fornecerão informações vitais”, disse o porta-voz do Pentágono, tenente Tim Gorman em um comunicado. Gorman não forneceu detalhes adicionais sobre a natureza da anomalia ou em que estágio do teste ocorreu.

    Os funcionários do programa revisarão o teste para descobrir o que falhou e auxiliar testes futuros, disse o tenente.

    “A entrega de armas hipersônicas continua sendo uma prioridade e o Departamento continua confiante de que está no caminho certo para colocar em campo as capacidades hipersônicas ofensivas e defensivas nas datas previstas estabelecidas em 2020”, disse Gorman.

    O Pentágono colocou uma ênfase maior no desenvolvimento de armas hipersônicas depois que os legisladores ficaram preocupados com o fato de os EUA estarem ficando para trás dos programas chinês e russo.

    No ano passado, a China testou com sucesso uma arma hipersônica que orbitava o globo antes de atingir seu alvo. Mais recentemente, a Rússia se tornou a primeira nação a usar armas hipersônicas na guerra quando lançou seus mísseis Iskander e Kinzhal na Ucrânia.

    A falha, relatada primeiro pela Bloomberg, é outro revés para os EUA na corrida para desenvolver e colocar em campo armas hipersônicas, embora o país já tenha realizado testes bem-sucedidos de outros programas hipersônicos.

    O teste anterior do Common Hypersonic Glide Body, uma joint venture entre a Marinha e o Exército, também terminou prematuramente quando o foguete de reforço falhou.

    Esse teste, realizado em outubro no Pacific Spaceport Complex, no Alasca, não usou o propulsor de mísseis de dois estágios projetado para fazer parte do sistema. Em vez disso, usou um propulsor diferente, mas a falha significou que o teste não forneceu dados sobre o míssil, o principal componente necessário para desenvolvimento.

    Em março, o Pentágono testou com sucesso o Hypersonic Air-breathing Weapon Concept (HAWC), mas manteve o teste sob sigilo por duas semanas para evitar o aumento da tensão com a Rússia quando o presidente Joe Biden estava prestes a viajar para a Europa.

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