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    Terremoto agrava crise humanitária em áreas devastadas pela guerra civil na Síria

    Noroeste do país, onde o sangrento conflito continua, foi duramente atingido pelos tremores

    Américo Martinsda CNN , em Londres

    Os fortes terremotos que atingiram a Turquia e a Síria aumentaram ainda mais o sofrimento de milhões de pessoas já afetadas por outra tragédia na região: a guerra civil no país árabe.

    A região mais atingida pelos tremores na Síria, o noroeste do país, é justamente um território dominado por rebeldes que lutam contra o governo do ditador Bashar al-Assad.

    A área já foi completamente devastada pela sangrenta guerra civil que começou em março de 2011 e causou centenas de milhares de mortes, envolvendo diversos grupos e países estrangeiros, como a Rússia e os Estados Unidos.

    A infraestrutura das províncias de Latakia, Hama e Aleppo foi muito danificada pela guerra, especialmente em relação à destruição de prédios como hospitais e clínicas de saúde.

    Em partes do território, qualquer tipo de atendimento médico é oferecido apenas pelas ONGs, sem presença estatal.

    O nível de destruição dessa infraestrutura está tornando ainda mais difícil os trabalhos de socorristas e médicos dedicados a tratar os feridos pelos terremotos. Para piorar, o mau tempo, com muito frio e chuva, também está atrapalhando os trabalhos.

    O grupo Capacetes Brancos, um serviço de resgate fundado em território controlado por rebeldes para tratar pessoas feridas em bombardeios, disse que pelo menos 390 pessoas foram mortas na área controlada pelos rebeldes.

    A chefia dos Capacetes Brancos pediu ajuda ao governo de al-Assad e pediu que os bombardeios contra os rebeldes cessem para que os feridos pelo terremoto possam ser tratados.

    Na cidade de Jandaris, controlada pelos rebeldes, na província de Aleppo, uma reportagem da agência de notícias Reuters descreveu que um prédio de vários andares destruído pelo primeiro terremoto virou um depósito com monte de concreto, barras de aço e fardos de roupas.

    “Havia 12 famílias lá embaixo. Nenhuma saiu. Nenhuma”, disse um jovem magro, com os olhos arregalados em choque e a mão enfaixada.

    “Nós mesmos estávamos retirando as pessoas às três da manhã”, disse ele, sua respiração visível no ar frio do inverno enquanto falava.

    Jovens podiam ser vistos escavando os escombros com as mãos em busca de sobreviventes. A expectativa de todos é que o número de mortos continue aumentando.

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