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    Temporada de furacões 2020 no Atlântico termina oficialmente hoje; entenda

    Dentre as 30 tempestades de 2020, mais de 10 chegaram a ter força de furacão

    Passagem do furacão Delta
    Passagem do furacão Delta Foto: Reprodução/CNN

    Mariana Toro Nader,

    da CNN

    A temporada de furacões 2020 no Oceano Atlântico não apenas quebrou recorde, como também deixou um panorama sombrio como rastro. Este ano foi o primeiro da história no qual registrou-se 30 tempestades com nomes próprios – o recorde foi quebrado com a de número 29.

    Contudo, a temporada ativa e desastrosa chegou ao fim nesta segunda-feira (30). Tecnicamente, ela começa no dia 1º de junho e termina em 30 de novembro. Apesar disso, em alguns anos, as tempestades começaram antes e se seguiram mesmo após essas datas.

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    Dentre as 30 tempestades de 2020, mais de 10 chegaram a ter força de furacão. Segundo o Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos, um furacão é um “ciclone tropical com ventos máximos sustentados de 119 km/h ou mais”.

    Esses sistemas são classificados de acordo com a intensidade dos ventos na escala Saffir-Simpson, de 1 a 5, que estima os potenciais danos. Um furacão de categoria 3 ou superior é considerado um grande furacão.

    Como as tempestades são nomeadas?

    Elas são nomeadas em ordem alfabética, excluindo os nomes que começam com as letras Q, U, X, Y e Z. Isso porque não há nomes suficientes para chegar a essas letras, segundo a Organização Meteorológica Mundial.

    No caso de uma temporada excepcional, com mais de 21 tempestades nomeadas, utiliza-se o alfabeto grego. A de 2020 foi a segunda na história em que o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, em inglês) teve que usá-lo.

    Em 2005, o NHC usou seis letras do alfabeto grego para dar conta do número recorde de ciclones. Quatro deles alcançaram a força de tempestade tropical (Alpha, Gamma, Delta e Zeta), enquanto os outros dois atingiram a força de um furacão (Beta e Epsilon).

    Veja abaixo a cronologia das tempestades tropicais nomeadas registradas no Atlântico neste ano.

    1 – Arthur

    Em 16 de maio, formou-se a tempestade tropical Arthur na costa da Flórida, marcando o sexto ano consecutivo em que se forma um sistema nomeado antes do início formal da temporada de furacões (1º de junho).

    2 – Bertha

    Em 27 de maio, formou-se a tempestade tropical Bertha, perto da costa da Carolina do Sul, e logo tocou terra, cerca de 30 km ao leste de Charleston.

    3 – Cristóbal

    Formou-se no dia 2 de junho no sul do Golfo do México. Tocou terra um dia depois no sul do México, perto da cidade de Atasta. Em 7 de junho, tocou solo na Louisiana, nos EUA.

    4 – Dolly

    Formou-se no dia 23 de junho. No dia seguinte, perdeu força e se tornou um ciclone pós-tropical.

    5 – Edouard

    Formou-se em 5 de julho e logo perdeu força.

    6 – Fay

    No dia 9 de julho, a tempestade Fay se formou na costa da Carolina do Norte. Pouco depois, tocou solo em New Jersey e depois se enfraqueceu.

    7 – Gonzalo

    Formou-se em 22 de julho, mas três dias depois perdeu força e se tornou uma depressão tropical.

    8 – Hanna

    Formou-se em 23 de julho no Golfo do México. Ganhou força até se tornar um furacão de categoria 1 e tocou solo em Padre Island, no Texas.

    9 – Isaías

    Em 30 de julho, o Isaías se transformou em furacão. Dias depois, toco terra como furacão de categoria 1 perto da cidade de Ocean Isle Beach, na Carolina do Norte. Ao menos nove pessoas morreram, muitas delas pela queda de árvores.

    10 – Josephine

    Formou-se em 13 de agosto e perdeu força três dias depois.

    11 – Kyle

    Formou-se em 14 de agosto e, no dia 16, se transformou em ciclone pós-tropical.

    12 – Laura

    Formou-se em 21 de agosto. Ao menos nove pessoas morreram no Caribe, várias delas na República Dominicana e no Haiti em razão das chuvas e inundações causadas pela tempestade tropical. Em pouco tempo, ganhou força até se tornar um furacão de categoria 4. Quando tocou o solo perto de Cameron, na Louisiana, matou ao menos 27 pessoas.

    13 – Marco

    Em 23 de agosto, Marco se transformou em um furacão de categoria 1. Ele tocou terra em 24 de agosto, como tempestade tropical, perto da foz do Rio Mississippi.

    14 – Nana

    Formou-se no dia 1º de setembro e perdeu força dois dias depois.

    15 – Omar

    Formou-se em 1º de setembro a leste da Carolina do Norte e se enfraqueceu dias depois.

    16 – Paulette

    Paulette se transformou em furacão no dia 12 de setembro e tocou solo nas Bermudas no dia 16. No mesmo dia, perdeu força e se tornou um ciclone pós-tropical. Evoluiu para tempestade tropical no dia 22 e perdeu força 24 horas depois.

    17 – René

    Em 14 de setembro, o NHC emitiu alertas para cinco ciclones tropicais sobre o Atlântico (Paulette, René, Sally, Teddy e Vicky) – igualando ao recorde de setembro de 1971 de maior quantidade de ciclones tropicais registrados ao mesmo tempo nesse oceano.

    18 – Sally

    Foi o quarto furacão a tocar terra nos EUA em 2020, desta vez de categoria 2. Causou grandes estragos na costa leste do Golfo, derrubando linhas de energia e inundando avenidas.

    19 – Teddy

    Formou-se em 14 de setembro, dois dias depois de ter se transformado em um furacão. Ele se aproximou das Bermudas, mas não tocou solo.

    20 – Vicky

    Formou-se em 14 de setembro, mas logo perdeu força.

    21 – Wilfred

    No dia 18 de setembro, com a identificação desta tempestade tropical, o NHC usou oficialmente todos os nomes que tinha disponíveis para furacões em 2020.

    22 – Alpha

    Pouco depois de Wilfred, a tempestade tropical Alpha se formou no mesmo dia, a 120 km de Lisboa, Portugal. Tocou terra e perdeu força.

    23 – Beta

    Em 21 de setembro, Beta tocou solo como tempestade tropical na costa leste do Texas.

    24 – Gamma

    No dia 2 de outubro, formou-se a Gamma, a 217 km a sudeste de Cozumel, no México. Tocou terra perto de Tulum e logo enfraqueceu para ciclone pós-tropical.

    25 – Delta

    Tornou-se furacão em 5 de outubro. Dois dias depois, tocou solo na Península de Yucatán, no México. No dia 9, tocou terra em Creole, na Louisiana, como furacão de categoria 2. Ao menos quatro pessoas morreram durante a passagem do Delta.

    26. Epsilon

    Em 21 de outubro, Epsilon ganhou força até se tornar um furacão de categoria 3. Passou pelo leste das Bermudas como furacão de categoria 1.

    27 – Zeta

    Em 26 de outubro, Zeta tocou terra na Península de Yucatán, ao norte de Tulum, como furacão de categoria 1. Dois dias depois, tocou solo na Louisiana como de categoria 2. Ao menos sete pessoas morreram.

    28 – Eta

    A tempestade Eta se formou em 31 de outubro e tocou solo ao menos duas vezes. Chegou a Cuba e, posteriormente, à América Central como um furacão de categoria 4.

    29 – Theta

    Formou-se em 10 de novembro e transformou a temporada de furacões 2020 na mais ativa já registrada, com 29 tempestades até aquele momento. Cinco dias depois, perdeu força e se tornou um ciclone pós-tropical.

    30. Iota

    Formou-se em 13 de novembro no Caribe. Dois dias depois, transformou-se em furacão. No dia 16, tocou solo na Nicarágua como de categoria 4. Ao menos 26 pessoas morreram, sendo 16 na Nicarágua, 6 em Honduras, 2 na Guatemala e 2 na Colômbia. O Iota se dissipou no dia 18 de novembro.

    Ainda há nomes do alfabeto grego disponíveis, caso a temporada de furacões de 2020 seja ampliada?

    Caso a temporada atual vá além do dia 30 de novembro, sim, ainda há nomes do alfabeto grego disponíveis para as tempestades tropicais. São eles: Kappa, Lambda, Mu, Nu, Xi, Omicron, Pi, Rho, Sigma, Tau, Upsilon, Phi, Chi, Psi e Omega.

    Já existem nomes para as tempestades da temporada 2021?

    Sim, a Organização Meteorológica Mundial já tem a lista desses nomes. Eles se repetem a cada seis anos (por exemplo, em 2025 serão usados os mesmos nomes de 2019). Único requisito é que sejam nomes curtos e fáceis de lembrar. São eles: Ana, Bill, Claudette, Danny, Elsa, Fred, Grace, Henri, Ida, Julian, Kate, Larry, Mindy, Nicholas, Odette, Peter, Rose, Sam, Teresa, Víctor e Wanda.

    (Texto traduzido. Leia o original em espanhol.)