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    Tempestade Ciáran atinge França e Inglaterra e deixa mais de 1 milhão de pessoas sem energia

    Rajadas de vento superiores a 200 km/h atingiram Finistère, no noroeste francês, segundo a agência meteorológica francesa

    Robert ShackelfordLaura PaddisonJoseph AtamanTara Subramaniamda CNN

    A tempestade Ciarán trouxe ventos com força de furacão para a França, as Ilhas do Canal e o sul da Inglaterra, deixando mais de um milhão de pessoas sem acesso à eletricidade e forçando o fechamento de centenas de escolas.

    Pelo menos uma pessoa morreu na França, enquanto 1,2 milhão de pessoas no país ficaram sem energia, pois ventos de mais de 120 km/h e rajadas superiores a 200 km/h atingiram Finistère, no noroeste do país, segundo a agência meteorológica francesa, Meteo-France.

    A velocidade do vento quebrou recordes locais.

    “Os ventos e rajadas muito violentos que se sucederam ao longo da noite tiveram como efeito a queda de muitas árvores, ramos e linhas elétricas e telefônicas em toda a rede rodoviária”, afirmou um comunicado do governo de Finistère.

    Cerca de 780 mil pessoas sem energia estão na região noroeste da Bretanha, disse a fornecedora francesa de energia Enedis.

    Árvores caídas e postes de eletricidade arrancados pela tempestade foram os culpados pelos cortes. A Enedis mobilizou cerca de 3.000 trabalhadores e 30 helicópteros para restabelecer a energia nas áreas afetadas.

    A única vítima até o momento foi atingida por um galho que caiu enquanto dirigia, segundo o ministro francês dos Transportes, Clément Beaune, em entrevista à emissora francesa Franceinfo.

    A tempestade também atingiu as Ilhas Britânicas e as Ilhas do Canal, onde estão em vigor alertas vermelhos.

    Na ilha de Jersey, todas as escolas e o aeroporto foram fechados, segundo o site do governo.

    No condado da Cornualha, no sudoeste, 8.500 pessoas ficaram sem energia, informou o conselho local no X (antigo Twitter), as árvores bloquearam dezenas de estradas e mais de 100 escolas foram fechadas.

    Imagens da mídia local mostraram ondas quebrando e rompendo paredões no condado de Cornualha, no sudoeste da Inglaterra.

    A agência meteorológica do Reino Unido – Met Office – alertou que a combinação de ventos fortes e chuva representa um “perigo para a vida” devido aos destroços lançados, já que se espera que árvores e casas sofram danos. Ondas grandes podem danificar estradas e propriedades costeiras.

    É esperada interrupção nas viagens. Várias empresas ferroviárias alertaram as pessoas para não se deslocarem, mesmo na capital, embora o Met Office tenha dito na manhã desta quinta-feira (2) que o caminho da tempestade se deslocou mais para sul do que as projeções anteriores mostravam.

    Os ventos mais fortes ficarão provavelmente reservados às áreas mais próximas da costa, conforme o Met Office.

    A tempestade Ciarán ocorre menos de duas semanas após a tempestade Babet, que trouxe ventos fortes, chuvas e inundações repentinas a partes da Escócia e ao norte e centro da Inglaterra, matando várias pessoas.

    A crise climática induzida pelo homem está tornando algumas tempestades mais frequentes e intensas. À medida que a atmosfera da Terra aquece, ela é capaz de reter mais vapor de água – por isso, quando chove, chove com muito mais intensidade.

    “Existem muitos estudos de atribuição e outras linhas de evidência que mostram que tempestades de outono/inverno como esta são mais prejudiciais devido às alterações climáticas”, disse Friederike Otto, professora sênior de ciências climáticas no Grantham Institute, do Imperial College de Londres.

    “As chuvas associadas a este tipo de tempestades são mais severas devido às alterações climáticas, e as tempestades são mais elevadas e, portanto, mais prejudiciais devido aos níveis mais elevados do mar.”

    Veja também – Alerta: Novo ciclone provoca temporais com ventos de até 100 km/h no Sul

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