Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Temos esperança de que ela esteja viva e consciente, diz tio de jovem sequestrada pelo Hamas

    Mario Ricardo Fishbein é tio de Tchelet Fishbein-Zaarur, a jovem de 18 anos, filha de mãe brasileira, que está entre os reféns sequestrados pelo Hamas

    Fernanda Pinottida CNN , São Paulo

    A família de Tchelet Fishbein-Zaarur, que está entre os reféns sequestrados pelo Hamas, diz ter esperança de que ela esteja viva.

    “Temos essa esperança de que ela esteja viva, consciente, mais ou menos bem”, disse Mario Ricardo Fishbein, tio de Tchelet, uma jovem de 18 anos, filha de mãe brasileira.

    Tchelet, chamada pela família brasileira de Celeste, é uma dentre os 199 reféns mantidos pelo grupo radical islâmico na Faixa de Gaza após o ataque surpresa contra Israel em 7 de outubro.

    “Esperamos que ela não esteja com medo, não esteja com frio e pelo menos tenha um pouco de comida e água. Sabemos que a questão de água e comida está muito precária em Gaza”, disse Mario Ricardo.

    O tio da brasileira conta que, na sexta-feira anterior ao ataque do Hamas, 6 de outubro, a família estava reunida na casa de sua mãe, avó de Celeste, em uma festa.

    No dia do ataque, todos se esconderam nos quartos seguros de suas respectivas casas “achando que fosse um ataque normal, que acontece toda hora, de mísseis”, e continuavam se comunicando através de mensagens quando foram surpreendidos com a ofensiva do Hamas.

    A última mensagem enviada pela jovem em um grupo de troca de mensagens foi no dia seguinte ao ataque, domingo (8), para alertar que membros do Hamas haviam conseguido acessar a rede de internet do kibutz e poderiam começar a mandar mensagens também.

    Questionado sobre a possibilidade de rever sua sobrinha, Mario Ricardo disse que “o Hamas protege os reféns, tanto os vivos como os mortos, melhor do que [protege] seu próprio povo”.

    Segundo ele, o grupo radical “guarda” os reféns, com ou sem vida, para vender qualquer tipo de informação sobre as pessoas sequestradas. “Não estou falando de devolver os reféns, mas qualquer tipo de informação como nome, sua situação. Eles vendem a informação para que sejam liberados terroristas em troca”, falou.

    “Se minha sobrinha está lá, ela está muito bem guardada, tanto viva como morta”, disse. “[Vê-la de novo] depende do Hamas, e nós sabemos do que o Hamas é capaz”.

    Ele contou ainda que Celeste teve que aprender a lidar com o conflito de longa data da região desde muito cedo. “Quando ela tinha 6 anos, um míssil caiu a uma distância muito próxima a ela e minha irmã. Até hoje, ela [Celeste] tem estilhaços desse míssil em seu corpo.”

    Segundo Mario Ricardo, Celeste sempre foi uma garota doce. “Sempre soube dar amor e carinho a todo mundo, completamente inofensiva e carinhosa. Ela não tinha nenhuma intenção de ir para o Exército [israelense], era uma pessoa pacífica e contra guerras.”

    Veja também: Ser a favor da causa palestina não é ser a favor do Hamas, diz professor de geopolítica

    Tópicos