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    Telefone fixo do príncipe Harry foi grampeado por jornais de Murdoch, dizem advogados

    Defesa alega que tabloide contratou investigadores privados para vasculharem a vida de casal real, incluindo a de Meghan Markle

    Michael HoldenSam Tobinda Reuters , Londres

    Os tabloides britânicos do empresário Rupert Murdoch grampearam os telefones fixos do príncipe Harry e acessaram as mensagens do pager de sua mãe, a falecida princesa Diana, disse nesta quinta-feira (21) a equipe jurídica real à Alta Corte de Londres.

    Harry, filho mais novo do rei Charles com a falecida princesa Diana, e outras 40 pessoas estão processando o News Group Newspapers (NGN) por atividades ilegais por parte de jornalistas e investigadores privados de seus tabloides, o The Sun e o extinto News of the World, de meados da década de 1990 até 2016.

    Em decisão tomada em julho, o juiz Timothy Fancourt afirmou que Harry pode levar suas acusações de informações obtidas ilegalmente a julgamento, mas suas queixas quanto aos grampos ocorridos décadas atrás foram rejeitadas por prescrição.

    Em audiência na Alta Corte nesta quinta-feira (21), os advogados do príncipe Harry tentaram ajustar o processo à luz dessa decisão e acrescentar novas acusações. Elas incluem queixas de que o The Sun pediu que investigadores privados vasculhassem a vida de sua então namorada e atual esposa, Meghan, em 2016, e acusações de escutas generalizadas de suas ligações.

    “O reclamante também apresenta uma ação e busca reparação pela interceptação de chamadas de telefones fixos, interceptação de chamadas de telefones sem fio e de chamadas de telefones celulares análogas, e pela interceptação de mensagens de voz de linhas fixas, distintas de hackeamento telefônico”, alegaram seus advogados.

    Príncipe Harry e a esposa, Meghan, em evento multiesportivo internacional para soldados feridos, em Duesseldorf, Alemanha / 15/09/2023 REUTERS/Piroschka Van De Wouw

    As queixas também incluem alegações relacionadas a Diana, que estava “sob grande vigilância e suas chamadas estavam sendo ilegalmente interceptadas pelo NGN, o que era conhecido de seus editores e executivos seniores”.

    O grupo de jornais criticou a adição do que chamou de “número enorme de novas alegações”. Entre os argumentos, o grupo diz que as queixas foram feitas muito após os fatos e que faltam evidências.

    “Elas perpassam períodos de tempo que estão fora do escopo da petição atual e das declarações genéricas do caso e, em muitos casos, referem-se a fatos que foram muito divulgados por até 30 anos”, disseram os advogados do NGN.

    Em 2011, o NGN pediu desculpas pelas escutas feitas por jornalistas do News of the World, que Murdoch fechou após críticas sofridas por ele. Desde então, o grupo resolveu mais de 1.300 ações, mas sempre negou que as mesmas práticas eram adotadas pelos funcionários do The Sun.

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