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    Talibã tenta passar discurso moderado em busca de apoio internacional

    Apesar da tentativa, ainda é possível ver, por meio da repressão nas ruas, que o novo governo pode não ser tão diferente do período que em que ocupou o poder anteriormente

    Da CNN , Em São Paulo

    A volta do Talibã ao governo afegão depois de 20 anos tem causado cautela na comunidade internacional em relação ao reconhecimento do governo. Por isso, o grupo optou por tentar um discurso mais moderado em busca de apoio internacional, em comparação ao que era no passado.

    Especialistas dizem que, desta vez, o Talibã pode ter percebido que, para se manter no poder, vai precisar mais do que a violência. Com forte dependência do financiamento estrangeiro, o Afeganistão necessita de ajuda internacional. Por isso, o grupo tenta passar uma imagem mais inclusiva em busca de reconhecimento de fora do país.

    Para o professor de Relações Internacionais Lucas Leite, há uma mudança no Talibã, ao perceberem que a continuação e perpetuação do grupo no poder do país depende de adequar, ao menos em parte, o discurso e a prática.

    As mudanças desde o regime Talibã anterior, de 1996 a 2001, são muitas, afinal, os afegãos agora têm internet e acessam as redes sociais.

    A pobreza, porém, continua sendo um dos principais problemas no país: a ONU alertou que os serviços básicos estão entrando em colapso.

    Apesar do discurso moderado, ainda é possível ver por meio da repressão nas ruas que o novo governo pode não ser tão diferente do antigo regime, derrubado pelos Estados Unidos.

    Mulheres afegãs têm desafiado os militantes e saído às ruas por direitos. Até o momento, a maneira como elas serão tratadas pelo governo ainda é motivo de dúvida e preocupação.

    No antigo regime do Talibã, mulheres eram proibidas de trabalhar e estudar, além de ser obrigatório a necessidade de usar uma burca que cobrisse dos pés à cabeça. A música também era proibida para mulheres e, até o momento, não houve uma definição sobre como será daqui para frente.

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